{Vikram Kushwah via Elistism Style}
"Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente
só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das
coisas há de ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de
ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são
sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da
intimidade. Mas o que eu queria dizer sobre o nosso quintal é outra
coisa (...) eu estava a pensar em achadouros de infâncias. Se a gente
cavar um buraco ao pé de goiabeira do quintal, lá estará um guri
ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do
galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa.
Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e
enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos (...)."
–
Manoel de Barros
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"I think the backyard where we played is larger than the city. One only discovers this after growing up. We find out that the size of things is going to be measured by the intimacy we have with things. It will be like what happens to love. Like that, the pebbles in our backyard are always bigger than the other stones in the world. Precisaly by the reason of intimacy. But what I wanted to say about our backyard is something else (...) I was thinking in the findings of childhoods. If we dig a hole at the foot of the backyard guava, there will be a kid rehearsing how to climb the guava. If we dig a hole next to the chicken coop, there will be a kid trying to grab the tail of a lizard. I am now a hunter of childhood findings.I'll go kind of insane with the hoe on my back to dig in my yard traces of the boys who use to be (...)."
–
Manoel de Barros
{via Bruaá Editora}
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