the hands show the way of the heart

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Candidíase na gravidez

On
September 15, 2016

O que eu aprendi durante o último trimestre de gravidez:

Ao escrever a palavra candidíase dou-me conta do pudor que sinto em falar abertamente sobre o tema. (Não sei exactamente porquê.)
No entanto, segundo o que tenho lido, 70% das mulheres, nalgum momento da sua vida, irão ter candidíase. E isto é mesmo importante para desmistificar as coisas e poder falar abertamente sobre isto.

Não falar sobre algo só aumenta o desconhecimento e o secretismo e eu sinto que gostava que alguém tivesse partilhado comigo aquilo que aqui partilho convosco. 

Durante a gravidez, com as imensas alterações hormonais, a candidíase é extremamente comum.

Tenho observado que a maior parte dos sites começa com uma longa descrição sobre esta condição por isso não vou alongar-me por aí.
Para mim o mais importante foi, primeiro, entender quais as soluções que estavam ao meu alcance. Segundo, que situação ou situações/ emoções fizeram com que ela se desenvolvesse dentro de mim.

O corpo tem uma forma muito particular de se expressar. E é preciso escutar atentamente cada sinal que ele nos dá. Sobretudo quando é algo que acontece de dentro para fora, acredito que é mesmo muito importante tentar compreender que fragilidade é que está viva nesse momento. O que é que me tornou vulnerável?

Há uma série de livros que descrevem a candidíase como algo sexual, que poderá estar associado a questões de controlo e de expectativa. Esperar algo da relação, não estar a dar o suficiente ou não estar a receber aquilo que se espera. Outros associam-na a sentimentos de ressentimento... E por aí fora.
Pela minha parte, senti que nada disto me ajudava a curar de facto o que poderia estar a acontecer-me.

Acho que qualquer situação que o corpo comunica precisa de profunda compaixão. Profundo amor. Profunda paciência. Não serve de nada começar um processo de cura a partir de um pensamento negativo. De um sentimento de angústia ou de culpa, de que se fez algo de errado ou de que há algo de errado a acontecer-me.

Então aquilo que tenho para dizer é apenas isto: caso tenhas candidíase nalgum momento da tua vida procura dentro de ti as razões. Elas não vêm em nenhum livro. Procura o que está vivo. O que emerge.
O que é que dói? O que é que precisa de ser apaziguado?

A candidíase vive de energia, como tudo o resto na vida.
E mais do que tentar encontrar "responsabilidades", é interessante procurar conhecer melhor que energia é essa.
Que se sente na base do corpo. Na raíz – que é a sua casa. O lugar a partir do qual se cria, se constrói algo.

Por um lado, isso! Por outro, entender e aceitar que, apesar de todos os desconfortos, ela não é uma inimiga. Ela é, quanto muito, uma mensageira.
Se eu cuidar da minha casa – do meu corpo e do meu espírito – ela vai desaparecer. É preciso confiar nisto. E cuidar. Cuidar muito das emoções.
Alimentar-me bem. Beber muitos líquidos. Limpar os açucares o máximo que conseguir. Procurar ajuda. Permitir-me sentir prazer sem culpa – seja a dormir, a comer, a fazer amor ou a ficar em pausa. Abrir-me a qualquer forma de cuidado que seja importante para mim e não duvidar de que mereço isso. Mereço o amor e a atenção que estou a dar a mim mesma.

Na internet encontra-se tudo o resto.
Mas, para mim, o mais importante era mesmo trazer este tema à superfície. Falar sobre ele sem medos. Libertar-me da cena negativa implícita em quase todos os posts que li e – ufa – criar alguma respiração. Criar espaço. Ar!

Está tudo bem (e isto não sou em negação). Acredito mesmo que a única coisa que é preciso é ouvir a linguagem simbólica e não verbal do corpo e ir agindo em conformidade com a história que estamos a contar a nós mesmos ou que queremos contar a nós mesmos!

O que é que eu quero dizer com isto?!

Todas as coisas são histórias... que cada um ouve, aprende, constrói. Mudar a história que se repete em mim é mesmo muito difícil, porque me habituei a ela... a ponto de muitas vezes não saber exactamente quem é quem.
Eu sou aquilo que vivi? Sou aquilo que me disseram que eu sou? Serei todas essas coisas juntas?
Bom. Na realidade, isso não é muito importante. É importante compreender qual é que é a história (e isto é trabalho para toda a vida, digo eu).
No entanto, caso surja o convite – através de uma doença ou de um conflito ou até de um desejo profundo de que isso aconteça –, podemos tentar mudar a história. Escrever uma nova ou adicionar um outro capítulo diferente.

O corpo convida ao movimento. E a mudança é parte integrante do movimento.
Podemos escolher não nos movermos. Mas também podemos escolher caminhar. Ou dançar.
E quando se caminha para a frente já não é possível caminhar-se para trás. Quando se dança eu diria que é impossível ficar imóvel.
Mesmo que olhemos para trás, a própria perspectiva daquilo que vemos altera-se com o nosso caminhar.

Então, conhecer a nossa história e entendê-la como uma história e não como um peso que atravanca a vida, é algo precioso.

Eu hoje sinto-me muito mais livre!
E percebi que no meu caso a candidíase esteve relacionada com 2 momentos particulares em que aceitei duas intervenções no meu corpo com as quais não estava confortável. Dizer que não também é um trabalho para a vida!

/

What I learned during the last trimester of pregnancy:

When writing the word candidiasis I realize the shame I feel when speaking openly about the subject. (I don't know exactly why.)
However, according to what I've read, 70% of women at some point in their lives, will have thrush. And this is really important to demystify things and be able to talk openly about it.

To be silent about something only increases ignorance and secrecy about those issues and I feel like it would have been important that someone had shared with me what I am about to share with you here.

During pregnancy, with the huge hormonal changes, candidiasis is extremely common.

I have observed that most of the websites begins with a long description of this condition so I will not dwell there.
For me the most important thing was to first understand what solutions were within reach. Secondly what situation or situations/ emotions had caused it.

The body has a very particular way of expressing itself. And we have to listen carefully every sign that he gives us. Especially when it is something that happens from the inside out, I believe it is really important to try to understand the vulnerability that is alive at that time. What made me more fragile and open to it?

There are a number of books describing candidiasis as something sexual that may be associated with control issues and expectations. Expect something of the relationship, not to be giving enough or not be receiving what is expected. Others associate it to feelings of resentment... and so on.
I felt that none of this really helped me to heal.

I believe that whatever the way the body chooses to communicate itself needs deep compassion. Deep love. Deep patience. There is no point starting a healing process from a negative thought. A feeling of anxiety or guilt. The sensation that we did something wrong or that there is something wrong happening to me.

So what I have to say is just this: in case you had or have candidiasis at some point in your life look for your own reasons. They don't come inside any book. 
Seek what is alive. What emerges. What hurts? What needs to be appeased?

Candidiasis lives of energy – like everything else in life.
And rather than trying to find "responsibilities", it is interesting to try to know better what that energy is.
It's about the base of the body. The root – our home. The place from which we create and build something.

On one hand this is important! On the other, understanding and accepting that despite all the discomforts the thrush is not an enemy. It's like a messenger.
If I take care of my house - my body and my spirit - it will disappear. You have to trust it. And take care. Take deep care of the emotions.
Eat well. Drink plenty of fluids. Clean the sugars out of your body as much as possible. Search for help. Allow pleasure without guilt – sleeping, eating, making love or be paused for a while. Open to any form of care that is important to yourself and have no doubt you deserve it. 

I deserve the love and attention I'm giving myself.

In the Internet you can find everything else.
But for me the most important was bring this topic to the surface. Talk about it without fear. Freeing myself from the implied negative scene I read in almost all the posts...  create some breathing. Create space. Air!

It's okay (and I am not in denial)! 
I really believe that the only thing we need is to listen to the symbolic and non-verbal body language and act accordingly with the story we tell ourselves!

What I mean by "story we tell ourselves"?!

All things are stories ... that each person listen, learn and build in one's own way. Change the story that I repeat inside myself is really hard, because I got used to it... so much that often I don't know exactly who I am.
I am what I experienced? I am what I am told that I am? I am all of these things together?
Well in fact this is not very important. It is important to understand what is the story (and this is a job for a lifetime, I believe).
However, it's like an invitation from the body. Through an illness or a conflict or even a deep desire to make it happen - we can try to change the story. Write a new one or add a different chapter.

The body invites the movement. And the change is an integral part of the movement.
We can choose not to move. But we can also choose to walk. Or dance.
And when you walk forward it is no longer possible to walk back. When you dance I would say that it is impossible to stand still.
Even if we look back, the very perspective of what we see changes with our walk.

So, knowing our story and understand it as a story and not as a weight that encumbers life is precious.

Today I feel much freer!
And I realized that in my case candidiasis was related to two particular moments when I accepted interventions in my body which I was not comfortable with. Saying No is also a job for a lifetime!

A mulher que prepara outra pessoa

On
September 15, 2016


Vou deixar-me desta coisa das semanas em Inglaterra porque enquanto se preparam outras pessoas as semanas passam sem dar conta. Fazer dos dias um ritual de beleza e de encontro é o que mais me importa!

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I am going to leave this thing of counting the weeks in England behind because while I am raising someone else the weeks go by without noticing. Making my days of ritual of beauty and connection is what is most important to me now!

All is full of love

On
July 09, 2016

#Décima sétima semana em inglaterra

No início da gravidez tive este sonho, em que a minha professora de yoga e amiga me cantava esta música (que coincidentemente é do albúm Joga da Bjork).

É tão simbólico tudo isto, deste momento de profunda rendição que estou a viver.
Aprender a confiar em todas as formas de amor.
Descobrir a sua fonte em cada movimento.


#Seventeenth week in the UK

In the beggining of the pregnancy I had this dream where my yoga teacher and friend was singing this song (coincidently from the album Joga from Bjork).

It's so symbolic all of this in this moment of deep surrender I am living.
Learn how to trust all forms of love.
Find out about their source in every movement.



Milão

On
July 09, 2016

#Décima sexta semana em Inglaterra

O meu aniversário.

Todos os anos eu e o Bruno repetimos esta tradição que a minha família brasileira partilhou comigo: Somos reis por um dia :)
Ou seja, quem faz anos espera na cama por um lindo pequeno-almoço, preferencialmente com flores a acompanhar. Recebe os parabéns e os presentes ainda na cama e durante o dia (esta parte não temos concretizado) todas as refeições devem ter flores!

Nos meus últimos aniversários tenho-me sentido sempre muito emocionada com o cuidado que este gesto traz ao meu dia. Com o amor que fica desde o momento em que me cantam os parabéns. Com a sensação de importância e valor pessoal que se constrói nestes pequenos gestos.

Este ano, fomos passar o fim-de-semana a casa de amigos, em Milão.
Apesar disso, às 5 da manhã o Bruno concretizou parte da tradição oferecendo-me uns presentes inesperados e uns parabéns cantados baixinho para não acordar os vizinhos :)

Há qualquer coisa de infantil que desejo preservar para sempre nestes momentos. E fico triste por perceber que, com o tempo, muitas pessoas deixam de se sentir felizes por celebrar o dia em que nasceram. Esse momento brilhante de vontade de viver que é um nascimento.

Ontem à noite relembrávamos um amigo nosso indiano que não sabia em que dia tinha nascido. E eu lembrei-me de como isto impactou também na importância que dou ao meu aniversário.

Não sei bem quando é que começamos a tomar certas coisas como adquiridas ou deixamos de celebrar as significâncias dos nossos dias, mas reconheço que isto é algo a que preciso de estar atenta e de renovar comigo mesma – a necessidade de comemorar quem sou!


#Sixteenth week in the UK

My birthday.

Every year me and Bruno repeat this tradition that my Brazilian family shared with me: We are kings for a day :)
That is, the birthday person waits in bed for a lovely breakfast, preferably with flowers to accompany. Gets congratulations and gifts still in bed and during the day (this part we skipped) all meals must have flowers!

In the last years I have always felt very emotional with the care that this gesture brings to my day. With the love that stays with me from the moment Bruno sings me happy birthday. With the sense of importance and self-worth that is built in these small gestures.

This year we were spending the weekend in Milan at some friends home.
Nevertheless, at 5am Bruno materialized part of the tradition by offering me some beautiful unexpected gifts and by singing happy birthday very low tone so the neighbours wouldn't wake up :)

There is something childish that I wish to preserve forever in these moments. And I'm sad to realize that, in time, many people fail to feel happy to celebrate the day they were born. This brilliant moment of willing to live that our day of birth celebrates.

Last night we remembered an Indian friend that didn't know the day he was born. And I recall how this also caused an impact in the importance I connect to my birthday.

I don't know when we start to take certain things for granted or when we stop celebrating the significance of our days, but I recognise that this is something that I need to be attentive and to renew inside myself - the need to celebrate who I am!

Give birth to your images

On
June 15, 2016


#Décima quinta semana em Inglaterra



#Fifteenth week in the UK


Teia da vida

On
May 03, 2016

#Décima quarta semana em Inglaterra

Ultimamente tenho pensado sobre como é que posso partilhar mais os meus pensamentos. As coisas que são importantes para mim. Que me nutrem e me fazem avançar na vida cada dia com mais sentido de abundância, a todos os níveis.

Na décima quarta semana por aqui percebi a importância da fluidez da teia. Dessa estrutura que é afinal tão pouco rígida – algo que até pode ser contraditório mas que na realidade não é.

Fiz algumas vezes um exercício em que num fio vou colando missangas, papéis e outros elementos simbólicos de forma a conseguir contar a minha história. Constrúo essa linha da vida e partilho-a com alguém a seguir.
Tive experiências muito belas de troca através deste movimento.
Permitiu-me reflectir sobre o que é relevante na minha vida, aquilo que eu acho que merece ser contado e dar-me conta de como é interessante que até agora nunca ninguém deixou a linha vazia e disse: vou começar tudo de novo.

No entanto, a linha tem sempre essa possibilidade de infinita renovação. Apesar da sua forma e da sua estrutura natural. Tal como a teia – que não é mais do que a soma de várias linhas – ela tem uma fluidez que preciso trazer presente comigo em cada momento. Então, começo a urdir teias ao sabor do vento. A tecer com intenção e foco nesse prazer de me permitir descobrir o que quiser ser mostrado.

Como diz a Julia Cameron: “Leap, and the net will appear.”


#Fourteenth week in the UK

Lately I've been thinking about how can I share more of my thoughts. Things that are important to me. That nurture me and make me step forward in life everyday with more sense of abundance.

In my fourteenth week in here I understood the fluidity of the warp. That structure that is not rigid at all – something that might seem a contradiction but it isn't.

I did a few times an exercise with a thread where I put beads, papers and other symbolic elements with the purpose of telling the story of my life. I built this life line and share it with someone else.
I had such beautiful shares through this movement.
Allowed me to think about what's important in my life. About what I think it's worth being told and noticing how interesting it is that until now no one left the line empty and said "I'm going to start over.".

However, the line always have this possibility of infinite renovation. Despite the shape or structure. Just like the warp – which is the sum of several lines – it has a fluidity that I have to maintain present in myself at every moment. So I am just creating the warps as I go. Weaving with intention and focus on that pleasure of finding out what wants to be shown.

As Julia Cameron says: “Leap, and the net will appear.”

Abril

On
May 03, 2016

#décima terceira semana no uk

"You don't have to go looking for love when it's where you come from."
W. Erhard

Eu e a minha barriga.
A descoberta de um amor por ela e de um amor por mim enquanto mulheres.
E não precisar de ir mais longe, porque está já aqui. No corpo.

Percebi que pensei que era um rapaz porque temia a realidade de ser mulher.  De forma inconsciente, entreguei o meu poder a essa ideia de que sou mais fraca ou de que coisas terríveis podem acontecer-me por ser quem sou. E de repente recebo este presente da vida – que não poderia vir de forma mais sublime do que esta –, ensinar-me sobre força e sobre confiança.

Confiança para enfrentar medos invisíveis. Bichos sem cabeça que mesmo assim se vão alimentando do mais fundo de mim sem que eu alguma vez consiga escutar o seu nome.

Mas as sombras têm sempre uma forma muito subtil e particular de se mostrarem. Alongadas, disformes, gigantes ou pequeninas, diferentes daquilo que realmente são. Na realidade, apenas importa reconhecer que elas são visíveis à luz do dia. 
E que este bébé acendeu sobre mim uma luz imensa.

Quando olho para as paredes de mim mesma, vejo tudo! Tudo exposto. Crú. Medos e preocupações e sombras. Os lugares desconhecidos emergem magicamente para a superfície. 

Apesar de assustador, isto é tudo muito belo. E dá-me pistas.
Porque nem tudo o que mete medo é feio. Muito pelo contrário.

Agora, caminho com confiança de que há um poder interior que pode acontecer na fuga ou no confronto das coisas que tememos. Tanto faz.
Há uma hora em que uma escolha é feita. E em momento algum eu devo duvidar da minha opção de fazer escolhas, mesmo quando isso parece ser algo impossível.


#Thirteenth week in the UK

"You don't have to go looking for love when it's where you come from."
W. Erhard

Me and my belly.
The discovery of this deep love for her and myself as women.
And understanding that there is no need to go further. Because this is already here. In the body.

I notice that I thought it was a boy since the beginning of my pregnancy because I was afraid of the reality of being a woman. Unconsciously I gave my power to this idea that I am weaker or that terrible things can happen to me because I am who I am. I then I receive this present from life – that couldn't be more sublime than this – to teach me about strength and trust.

Trust to face invisible fears. Headless monsters that even this way are able to feed from the bottom of myself before I can ever listen to their names.

But shadows always have this particular and subtle way of showing off. Long, without a shape, giants or small, different from what they truly are. In reality what matters is to recognise that they are visible in the daylight.
And this baby just light this immense light over me.

When I look to the walls of myself I can see everything! Everything exposed. Raw. Fears and concerns and shadows. The unknown places magically emerge to the surface.

Though is scary this is all so beautiful. And give me so many clues.
Because not everything that is scary is ugly. Actually it can be the opposite.

Now there is a path of trust that there is an inner power that can happens while we run or while we confront the things that we fear the most. It doesn't matter.
There is a time to make a choice. And I never should doubt the option of making choices even when that seems impossible. 

Corpo lugar sagrado

On
April 30, 2016

#Décima segunda semana em Inglaterra

Semana em Lisboa.
Correr de uma pessoa para outra, de um lugar para outro, de uma comida para outra.

Tentar não correr e aproveitar a minha cidade preferida no mundo para descobrir que vamos ter uma menina :)

Comprar lãs e mais lãs e abraçar os amigos, que me fazem tanta falta.

Começar a aprender a receber o amor e o carinho das pessoas tal como elas sabem dar sem perder o limite da minha pele. Ou seja, cuidar das relações, mas não me esquecer de cuidar de mim – que é aliás o primeiro passo para verdadeiramente conseguir cuidar das relações.

Entender que de cada vez que alguém com quem não tenho essa tal ligação de pele (sim, eu acho que isso existe) quer tocar com entusiasmo na minha barriga – como se ela fosse um pouco sua –, eu tenho o direito de dizer não... E, embora ainda não tenha conseguido fazê-lo, esta experiência trouxe-me imensas notícias sobre mim e sobre a minha responsabilidade de servir também este bébé nesse sentido. De servir os limites de que ela me for sinalizando, da melhor forma que conseguir. E de partilhar com ela essa capacidade de escuta dela mesma, daquilo que ela precisa para si.


#Twelfth week in the UK

Week spent in Lisbon.
Running from one person to another. One place to another. One food to another.

Try not to run at all and just enjoy my favorite city in the world to find out that we are going to have a girl :)

Buy yarn and more yarn and hug my friends that I miss so much.

Start to learn how to receive the love and care that people want to give the way they want to give without loosing the limit of my own skin. Meaning: take care of my relations but still remember to take care of myself – which is actually the first step to truly be able to take care of my relations.

Understand this every time someone with whom I don't have this skin connection (yes I believe there is such a thing) wants to touch in my belly – as if my belly was also a bit theirs – I have the right to say no... And even though I am not able to do that still

Cotton candy

On
April 30, 2016



#Décima primeira semana em Inglaterra

Teia de algodão.
Experiências e desencontros. Desmanchar e começar de novo. Deixar fluir porque o tamanho que era afinal já não é.

Não há forma mais bonita de viver a tecelagem do que deixar acontecer aquilo que precisa de acontecer, independentemente dos projectos e das expectativas.

Este tecido ainda não tem aplicação. Está à minha espera :)


#Eleventh week in the UK

Cotton warp.
Experiments and follow backs. Unravel and start all over again. Go with the flow because the size is no longer what it was suppose to be.

There is no nicer way to live weaving than to let what is needing to happen to happen no matter what is the project or the expectation.

There is no application for this fabric yet. It is on hold waiting for me :)

Espalhar sementes

On
April 30, 2016


#Décima semana em Inglaterra

O trabalho faz-se. No seu ritmo. Ao meu ritmo.
Às vezes mais lento do que eu gostaria – ainda estou a aprender a ser paciente com isso e a aceitar com profunda compaixão aquilo que não tenho forma de mudar em mim.

Tenho contactado com o meu censor (aquele que censura).
Nesta espécie de retiro que estou a viver, o tempo não é o meu maior inimigo. Aquilo que eu acho que devo fazer com ele, sim, é! E preciso lembrar-me de como respirar.

Respirar. Trazer ar. Reconhecer a pausa entre a inspiração e a expiração. Acolher e libertar aquilo que vem e aquilo que vai.

Então volto aos pássaros. Que constroem laboriosamente o seu ninho. Sem perguntarem quanto tempo demoram ou quanto tempo têm.

Não há maior lição de estar em consciência plena do que esta. Fazer o ninho.
Por isso, no fim-de-semana da minha décima semana no UK, fui até ao jardim deixar as minhas sementes – as lãs que estou a usar no meu trabalho – para futuros ninhos.
A junção entre o meu e o trabalho deles. A casa que cada um constrói.
Eu observo. E devolvo à natureza um pouco dos recursos que ela me dá, todos os dias.

#Tenth week in the UK

The work is being done. At its pace. At my pace.

Sometimes slower than I wish – I am still learning to be patient with that and to accept with deep compassion what I can not change in myself.

I have in contact with my censor (the one that censors).
In this kind of retreat that I'm in time isn't my enemy. But what I think I should do with it it is! And I need to remember how to breath.

Breathing. Bring air. Recognise that pause between the inhalation and exhalation (which in portuguese is more like inspiration and expiration). To welcome and let go of what comes and what goes.

So I return to birds. That build with such hard work their nests. Without asking how long it is going to take or how much time do they have.

There is no greater lesson of mindfulness than this one. To build a nest.
That's why in my tenth week in the UK I went to the garden to leave my seeds – the scraps of yarn that I am using at my work – for future nests.
My work and their work together. The house that each one of us is building.

I observe. And return to nature a bit of the resources she shares with me everyday.

Why feminism?

On
March 14, 2016


#Nona semana em Inglaterra

Celebro-me todos os dias, sim!
Por ser mulher, por ser quem sou, por Ser.
E celebro os homens, também. Por razões diferentes.

Sinto que é preciso nutrir com cuidado esta ferida que existe entre o masculino e o feminino. Entender que há mágoas e zangas e violências que persistem e não estão esquecidas. Que os privilégios são bons apenas para quem os tem, se não forem usados para construir um espaço de respeito pelo o outro, de justiça, de igualdade e de liberdade.

Fico muitas vezes zangada quando me dou conta dos clichés pequeninos do dia-a-dia em que quase todos caímos no que diz respeito a este assunto da igualdade de género. A pergunta "ele ajuda-te?" pressupõe que na realidade sou eu que faço. Oferecer descontos em detergentes e produtos de beleza no dia internacional da mulher parece quase uma piada fácil. E usar as mulheres para representar uma ideia de superficial ou até menos inteligente, na minha visão, nunca teve sentido mas, nos dias que correm, por estarmos todos cada vez mais informados, ainda tem menos. No entanto, claro, isto são questões de "1º mundo".

A reflexão que faço é: porquê ficar incomodado quando se fala de feminismo? Porquê ficar incomodado quando se fala de criminalizar o assédio sexual usando a expressão piropo? Porquê ficar incomodado por existir um dia em que a Mulher é celebrada e o Homem não? Não será o homem também celebrado todas vezes que a mulher se aproxima mais de ter direitos semelhantes aos seus? Será um homem feminista algo assim tão descabido, tendo em conta o significado da palavra e da história por trás dela? Enfim, não será o dia da mulher também o dia do homem, se eles e elas assim o desejarem?

No dia 8 de Março eu celebro o facto de ter nascido mulher porque essa é a minha condição e não me faria sentido outra. Mas acima disso, celebro os direitos que tenho hoje, os tais privilégios que me permitem escrever aqui livremente, votar, divorciar-me, ter um trabalho e ter o poder pessoal de decidir sobre a minha vida.

De qualquer forma, lembro-me daquilo que ainda torna os homens e as mulheres desiguais no que diz respeito a direitos. Coisas que nada têm a ver com biologia. Lembro-me das violências, dos casamentos forçados, das mutilações genitais, da proibição do prazer e da possibilidade de escolher coisas pequeninas... coisas simples, como: poder dizer que não quando isso é o que se deseja, poder discutir um pensamento ou uma ideia sem medos, poder ser-se dono do seu próprio corpo.

Eu não me esqueço de que sou mulher nos outros dias do ano. Não conseguiria nem poderia fazê-lo. Nem me esqueço do que se passa à minha volta. Como também não esqueço de que nasci e estou viva. Mas celebro este dia como celebro o meu aniversário. Com alegria por existir e por lembrar algo que importa sempre.


#Ninth week in UK

Yes! I celebrate myself everyday!
Because I am a woman. Because I am who I am. Just because I am a being.
And I also celebrate men for other different reasons.

I feel that it's important to nurture carefully this wound that exists between feminine and masculine.
Understand that violence and anger and heartaches that still persist and are not forgotten. That the privileges are only good for those who have it if they're not being used to build a space of respect for the other, of justice, equality and freedom.

I feel so angry sometimes when I realize the small cliches of the daily life that almost everyone makes without even notice when it comes to gender equality. The question "does he help you with the cleaning?" implies that in reality I am the one that cleans the house. Offering discounts on cleaning products and beauty products on international women's day seems almost a joke. And using women to represent an idea of superficial or less clever has always been in my opinion completely unreasonable but today with all the information that is available is even more. However these are of course matters of "first world".

The reflection I make is: why be upset when one talks about feminism? Why be upset when one talks about criminalize sexual harassment? Why be upset because there is a day when women are celebrates and men not? Isn't the men celebrated every time a woman gets closer to have rights similar to his? Is is a feminist men something so strange when we think about the meaning of the word and all the history behind it? Ultimately, isn't the women's day also the men's day if they both wanted to be that way?

On the 8 of March I celebrate the fact I was born a woman because that is my condition and would make sense to be other way. But above that I celebrate the rights I have today. Those privileges that allow me to write in here freely, to vote, to get divorce, to have a job and to have the personal power to decide over my life.

Anyways, I remember of what makes men and women uneven in this matter of rights. Things that have nothing to do with biology. I remember the violence, the forced marriages, genital mutilations, how pleasure is still prohibited, the impossibility to choose little things... small things like: being able to say no if thats what one wants, being able to speak ones minds without any concerns of fears, being able to own ones own body .

I don't forget I am a woman the rest of the year. I wouldn't be able to do it. And I also don't forget what goes on around me. The same way I don't forget I was born and I am alive. But I celebrate this day like I celebrate my birthday. With joy because I exist and because I remember something that is important all the time.

Don't stop the dance

On
March 11, 2016



#Oitava semana em Inglaterra

Depois de vários meses voltei a dançar.
Encontrei finalmente um grupo mais ou menos perto do sítio onde vivemos e fui à minha primeira aula.

É tão bom, voltar ao corpo. Deixar os movimentos falarem por mim sem pensar em mais nada. Ou, encontrar também esse espaço para ouvir os pensamentos sem me sentir soterrada por eles. Dar-lhes asas. Deixá-los fugir para fora. 

Há poucas coisas que me tragam tamanho sentimento de liberdade!


#Eighth week in UK

After several months I returned to dance.
I finally found a group more or less near the place where we're living and went to the first class.

It's so good to return to the body. Let the movement speak for me without any other thoughts. Or just find that space to listen to the thoughts without feeling buried by them. Give them wings. Let them run away.

There are very few things that give me such sense of freedom!

Fazer

On
March 10, 2016



#Sétima semana em Inglaterra

Terminei os mini-tapetes, dediquei-me a um novo projecto, comecei uma nova teia.

Percebo a importância que tem para mim estar presente e constante no meu Fazer! Criar com intenção, usando matérias primas que também foram geradas com cuidado. Fazer a partir do coração, com as mãos a guiarem o meu caminho.

Tenho muitos medos sobre a mudança que estou a construir. Porque cada vez mais conheço os meus dons mas também as minhas limitações. Então, é um desafio, procurar ajuda neste momento. Pessoas que façam comigo, que preencham os lugares vazios ou os passos que não tenho jeito para dar.

Foi uma semana bonita :)


#Seventh week in UK

I finished the little tapestries I was making, started a new project and a new warp.

I started to understand the importance that being present and constant in what I am doing has to me. Create with an intention and using materials that were generated with the same care. Do from the heart with hands guiding my way.

I have so many fears about the change I am starting to build in my life. Because everyday I know my talents a bit better but also my limitations. So there's this challenge that I have to overcome by looking for help. People that can make things with me, that fill that void of the places or the steps I am not able to give.

It was a beautiful week :)

Pausa

On
March 09, 2016




#Sexta semana em Inglaterra

"Parar,
e contar cada som,
parar,
e ver cada pedra,
parar,
e deixar entrar o vento,
parar,
e não ter de ser alguém."

De Peter Rosengarden, um rapaz de 11 anos.


Apanhada por uma gripe que me deixou de cama como há muito tempo não ficava.
A pausa tornou-se obrigatória.
Assim foi.


#Sixth week in UK

"Stoping,
and counting each sound,
stoping,
and see each rock,
stoping,
and let the wind get in,
stoping,
and don't have to be somebody."

From Peter Rosengarden. A boy with 11 years old.


Caught by a flu that left me completely knock out.
The pause became mandatory.
So it was.

Dois corações

On
February 28, 2016


#Quinta semana em Inglaterra

A vida com dois corações dentro de mim apresenta-se nova, desconhecida, surpreendente.

Há um bébé que pulsa e dança e cresce na minha barriga e eu vou conhecendo quem ele é através de mim própria. Das emoções que fluem. Da tristeza que corre sem eu perceber bem porquê. Das preocupações que emergem. Do amor, que protege e cuida de mim e dele ou dela.

Fazer esta viagem no início da minha primeira gravidez está a ser uma gestação completa. De dentro para fora. E eu só posso agradecer por este bébé – que é pássaro, baleia, flor silvestre – ter escolhido embarcar comigo e com o Bruno agora, neste momento tão incerto das nossas vidas. 

Ele/ela vem ensinar-nos qual é o verdadeiro sentido de entrega e confiança. Então seguimos os três, a dançar na água morna, à espera das revelações do parto, da vida e do mundo.


#Fifth week in UK

Life with two hearts presents itself new, unknown, surprising.

There is a baby pulsating and dancing and growing inside my belly and I am understanding who he/she is through myself. From the flowing emotions. From the sadness that runs even when I don't understand why. From the preoccupation that emerge. From the love that protects and nurtures me and he or she.

Doing this trip in the beginning of my first pregnancy is being a complete gestation. From inside out. And I can only be thankful for this baby – who is bird, whale, wild flower – had chosen to come with me and Bruno now during this uncertain moment of our lives.

He/ she comes to teach us what is the true meaning of surrending and trust. So the three of us keep on going. Dancing in the warm water. Waiting for the revelations o birth, life and the world.

A inércia da acção

On
February 12, 2016

#Quarta semana em Inglaterra

"The difference between reaction and response is a pause.
In the pause is a listening.
In the listening is an accommodation, a re-arrangement of the inner furniture and a re-alignment or adjustment of intention.
Finally there is a preparation toward the mutual exploration and engagement of what will serve US, you, me and the world.
This is response, and it includes all that is present."
Text via Rob Galacticus Prime
Photo via Ana Cardetas

Pausa. Silêncio. Tempo. A importância de parar para aprender a confiar.


#Fourth week in UK

Pause. Silence. Time. The importance of stop in order to learn how to trust.

A teia

On
February 04, 2016

#Terceira semana em Inglaterra

A semana passada montei a teia no tear novo pela primeira vez e percebi a primeira lição da tecelagem:

– A teia tem sempre razão!

Já não tecia há muito tempo e não tenho ainda muita experiência com a tecelagem para fazer tudo sem cometer aqueles pequenos erros de principiante.
Montei a teia e claro, à medida que o trabalho se foi desenvolvendo, foram aparecendo falhas e acabei por decidir fazer tudo de novo.

No entanto, aqui fica o resultado desta primeira tentativa. E da lã que sobrou pelo caminho.

A teia é a estrutura.
Quando olhamos para uma peça tecida à mão, o que salta à vista é a trama… as cores, os padrões, a forma. Mas nada disso é possível de acontecer, se a estrutura estiver errada.

Nota para mim mesma: Cuida da estrutura, o resto vem a seguir! :)



#Third week in UK

Last week I put the warp on my new loom for the first time and understood the first lesson of weaving:

– The warp is always right!

I didn't wove for a while and I don't have that much of experience with weaving to do everything without those little errors of a beginner.
I  set up my warp and of course as the work was developing small errors started to appear so I just decided to do everything all over again.

However here is the result of this first try. And the wool that stood behind.

The warp is the structure.
When we look to an hand weaved work what pops out is the weft… the colours, the patterns and the shape. But none of those things really matter if the structure is wrong.

Note to self: Take care of the structure everything else will come after! :)

Who who?

On
February 04, 2016


#Segunda semana em Inglaterra

No lugar onde vivo há um sem fim de pássaros à volta.
É bom ficar a observá-los, vê-los em puro equilibrismo sobre os estreitos ramos de árvore. Acordar com essa sensação de natureza e de silêncio que eles trazem. Encantar-me com a beleza das penas e dos movimentos fluídos de quem sabe voar…

Os pássaros estão sempre no fluxo. Não têm tempo. O seu ritmo é o do vento, o das estações, o do poiso que está vazio ou ocupado por outros. Eles conhecem o dia e a noite. E se estiverem em forma, nunca sentem medo de cair. Na realidade, não sentem medo de todo. Porque instinto é isso, quando se sentimos medo sermos capazes de fugir, de atacar ou rendermo-nos.

É engraçado lembrar-me que na minha segunda e terceira semana por aqui sentia um pássaro no telhado. Como se fosse um mocho ou uma coruja que dizia: who! who!
Fiquei a pensar que ele falava comigo e que me fazia esta pergunta: quem és tu?
Então na minha segunda semana essa foi a pergunta que ecoou. Que me manteve agarrada ao medo – essa coisa tão humana. Medo de falhar, de não conseguir fazer algo com propósito ou sentido. Medo do meu ritmo, que muitas vezes é bem mais parecido com o dos pássaros do que eu gostaria.

A minha mente tem-me pregado muitas partidas.
Mas no meio da tempestade, tenho de ficar no coração e lembrar-me: quem sou eu!? Porque esse é o meu centro. É o que me impede de cair.

(Corações ao alto.)


#Second week in UK

In the place where I live there's a whole bunch of birds around.
It's nice to watch them in pure balance on the top of the narrow tree branches. Waking up with this sensation of nature and silence that they bring. Be delighted by the beauty of their feathers and the fluid movements from those who know how to fly…

Birds are always in the flow. They don't have time. Their rhythm is the wind. The seasons. The perch that is empty or occupied by others. If they're in shape they never fear to fall. In fact they don't feel fear at all. Because instinct is like this. When in fear be able to run, attack or surrender.

It's funny to remember that on my second and third week in here I was feeling a bird on the rooftop. It was like a owl that kept saying: who! who!
I wondered if he was asking me: who are you?
So on this second week that question echoed. And kept hanging on fear – such a human thing. The fear of failing, of not be able to something meaningful or with a sense of purpose. Fear of my own rhythm that so many times is way much more similar to the birds rhythm that I would like.

My mind plays tricks on me.
But in the middle of the storm I must stay with my heart and remember: who am I?! Because that is my centre. It's what keeps me from falling.

(Hearts up high.)

Create a movement

On
January 20, 2016

#Primeira semana em Inglaterra

O movimento acontece. Não necessariamente porque o provoco, mas porque ele me provoca a mim.

O Bruno veio atrás do seu sonho e eu vim atrás de um sonho qualquer (porque há sempre um sonho para ser encontrado).

Estamos aqui há cerca de uma semana e meia e aquilo que sinto é próximo de um vazio. Tudo se apresenta desconhecido – até eu mesma. Todos os dias a Vida se revela nova! Dentro e fora de mim.

Então no outro dia vi este TED, que fala sobre tribos mas, que acima de tudo, deixa o convite: cria um movimento!
E eu fiquei a pensar sobre isto e sobre as tantas ideias que eu quis criar mas que, por falta de uma coisa ou de outra, fui deixando para trás. Fiquei a pensar sobre como é que posso criar algo com verdadeiro significado, a partir do meu coração. Aqui e agora, sem adiar mais um dia e sem encontrar desculpas.

(o vazio outra vez)

A minha primeira semana em Inglaterra foi assim.

Os movimentos estão a vir ao meu encontro. E por isso sei que vou entrar com eles na dança e Fazer! Fazer algo belo – que é tudo o que eu mais desejo.

O primeiro compromisso: voltar a este blog todas as semanas (1 vez, pelo menos). Voltar a preencher este espaço que me acompanha há tanto tempo. 


#First week in UK

Movement happens. Not necessarily because I lead myself to it, but because it comes to me.

Bruno came here to pursue his dream and I came after a dream I still don't know (because there's always a dream to be found).

We've been here about a week and a half and what we feel is emptiness. Everything appears unknown - even myself. Life presents itself new everyday! Inside and outside myself.

So the other day I saw this TED, which talks about tribes but that above all invite us all to: create a movement!
And I was thinking about this and about the many ideas I wanted to create but because of one thing or another I am always leaving behind. I was thinking about how can I create something with real meaning from my heart. Here and now without postponing another day and not finding excuses.

(emptiness again)

My first week in England was like this.

The movements are coming my way. And so I know that I will join them into this dance and I will Do! Do something beautiful - that's all I desire most.

The first commitment: come back to this blog every week (one time at least). Back to fill this space that has been with me for so long.