the hands show the way of the heart

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Objects of everyday

On
October 05, 2015

Um trabalho de amor e paciência. Captar os objectos do dia-a-dia.

As mulheres têm a sua forma de fazer magia acontecer. Assim como os homens.
Mas agora eu foco-me nas mulheres. Apenas para responder a esta pergunta que emerge: quem sou como mulher?
Tentando responder a esta pergunta eu comecei a minha aventura.

Este foi o primeiro objecto. A primeira mulher. 

É um presente estar disponível para receber respostas de qualquer lugar. Eu estou muito agradecida por isso.


A work of love and patience. Capturing the objects of everyday.

Women have their ways of making magic happening. So as man.
I am focusing on women now. Just because this question emerge: who am I as woman?
Trying to answer this I began my quest.

This was the first object. The first woman.
It is a gift to be able to find answers everywhere. I am very thankful for it.

Torrão de Terra

On
September 11, 2015


Enquando escrevo cartas à terra, páro para ler o Manuel Zimbro.

"...
quando esse miligrama de milagre, que é o relacionamento entre os homens, é
reduzido à negação do ócio — neg-ócio,
quando essa fábrica de "necesidades" — o progresso — tudo fabrica em nome do mais carnudo ou confortável
tornando os apetites mais mecânicos, violentos, insaciáveis,
quando o mundo grita de dor e ao mesmo tempo é explicado pela lógica de uma 
equação,
quando a Vida se torna o vício da "competitiva experiência de viver",
quando a sabedoria é uma acomulação pessoal de saberes,
quando o luto se torna um hábito
e a beleza um padrão
quando não há meio de se reconhecerem outros meios,
quando o ser é um consumidor e a água um produto,
é desculpável que me volte para o contingente coaxar das rãs, ou para a leve
gratuidade de um torrão de terra
que é o mesmo que me voltar "para a fortuita tagarelice dos pássaros ou para o
longínquo contrapeso dos astros",
e que, enquanto houver rãs, pássaros, astros, torrões de terra...
procure o caminho (meio)
não para "regressar às origens" nem para fugir à distracção
mas para atender plenamente ao que Agora faço Aqui, seja isso ou eu o que for
já que estar atento — a única coisa que devo fazer — não deve nem pode ser feito
por outro
...
"
 

Be still

On
June 30, 2015


"Being still, being quiet, listening Life everywhere…"
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Ontem fui visitar uma vila aqui no meio de Lisboa! Fui tocar às campainhas e falar com as pessoas e saber o que é que elas encontram de belo no lugar onde vivem.
Durante este processo pensei sobre o que é que é o melhor dos mundos para cada um de nós. Ou o mundo onde todos sonhamos viver.  

Sobre a capacidade de ouvir o que é belo para outra pessoa e esperar que ela encontre o seu sonho, percebi que esperar pacientemente pelo que está vivo no outro pode ser um enorme desafio, mas é tão importante quanto desejamos que escutem o que está vivo em nós… E, pela minha observação, todos desejamos muito ser escutados! 

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Yesterday I went to visit a village in the middle of Lisbon! I rang the doorbells and asked people what do they find beautiful in the place they live.
During this process I thought about what is the best world we could live in or the world we all dream about.

About the ability to listen what is beautiful to the other person and wait patiently until a dream emerge I realised that waiting for what is alive in the other can be a huge challenge but it's so important as we wish others to listen to what is alive in ourselves… And while I'm observing this I can notice that everyone wants to be listen too!



Dar-me-à-luz

On
May 29, 2015

"Todas as manhãs nós nascemos novamente.
O que fazemos hoje é o que mais importa."

Siddhartha Gautama
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Em Setembro comecei uma viagem. Uma viagem ao mar profundo de mim mesma. Num mergulho atravessei a dor do medo, do desconhecido, das coisas que não consigo agarrar – o futuro.
Em Fevereiro comecei a germinar debaixo da terra fria do Inverno. E em Abril, que é o meu mês, dei-me à luz. Teci este pedaço de tecido com a ajuda da Guida Fonseca, do Lugar do Têxtil. E concretizei o meu propósito: fazer coisas belas, com significado, através das minhas mãos.

O tempo pede que continuemos a parir-nos a nós mesmos, infinitamente.
Que sejamos capazes de suportar qualquer sofrimento com a certeza e a clareza de que para nascer temos sempre de chegar às margens de nós mesmos. Ir ao limite do corpo.

Os meus sonhos ainda estão a dar passos de bébé. A gatinhar e a rebolar no chão. 
Talvez em Setembro, quando as folhas forrarem as ruas, algo especial se levante pela primeira vez.

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In September I started a journey. A journey to the deep sea inside of me. In a dive I crossed through the pain of the fear, of the unknown, of the things I cannot hold – the future.
In February I began to sprout underneath the cold winter ground. And in April, my month, I gave birth to myself (in portuguese we can also say to give light). I woven this peace of fabric with the help of Guida Fonseca from Lugar do Têxtil. And I accomplished my purpose: to do beautiful and meaningful things through my hands.

Time ask us to keep giving birth to ourselves infinitely.
To be capable of baring with the suffering with confidence and awereness that to be born we always have to reach the shore of ourselves. Go until the limit of our bodies.

My dreams are still walking with baby steps. Crawling and rolling in the floor. 
Maybe in September when leaves are covering the streets something special will raise for the first time.

You don't have to be good

On
May 27, 2015


"You do not have to be good.
You do not have to walk on your knees for a hundred miles through the desert, repenting.
You only have to let the soft animal of your body love what it loves.
Tell me about despair, yours, and I will tell you mine. Meanwhile the world goes on. Meanwhile the sun and the clear pebbles of the rain are moving across the landscapes, over the prairies and the rivers. Meanwhile the wild geese, high in the clean blue air, are heading home again.

Whoever you are, no matter how lonely, the world offers itself to your imagination, calls to you like the wild geese, harsh and exciting -- over and over announcing your place in the family of things."
Mary Oliver

First ones

On
February 06, 2015

De volta à cerâmica.

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Ingrediente secreto

On
January 04, 2015

2015 começa com intensidade e amor.
Como o som das ondas do mar. Experimento o vazio. Experimento expirar e inspirar profundamente.
Mergulho em mim mais uma vez.

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2015 starts with love and intensity.
Like the sound of the ocean. I experiment the emptiness. I experiment exhale and inhale deeply.
I dive once again in myself.