Quando não há nenhum presente para dar - nenhum presente que se agarre nas mãos e se veja com os olhos -, imagino que ofereço algo que só o outro pode ver. Alguma coisa que lhe dá o poder de conhecer a alegria de se elevar sobre o mundo e sobre as suas preocupações. E de, cá em baixo, encontrar respostas para todas as suas perguntas e angústias.
Este presente, como todas as coisas que não são materiais, tornar-se-á mais poderoso à medida que for sendo usado. Até que, com o tempo, deixará de ser necessário continuar a imaginá-lo porque se compreende que as únicas coisas que contam são apenas as que são feitas de verdade e de alegria.
Este presente invisível, como qualquer presente que se oferece a um amigo, é a esperança na sua felicidade.
Assim, receber algo é também uma dádiva. Aprender a receber é dar algo ao outro. Não há dualidade nisto de estar vivo.
In the act of giving there are always two people receiving.
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Inspirado no livro de Richard Bach "Não há longe nem distância."
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