Amor. Música. Flores.

O meu dia de aniversário começou com flores.

Hoje pela manhã, assim que saí porta fora, recebi malmequeres. Não sei se é preciso conhecer-me bem ou não para saber que o malmequer, em todas as suas vertentes, é a minha flor favorita. E estes presentes, os mais despretensiosos, são os que mais gosto.

Há umas semanas atrás, pintei 2 frascos de vidro que tinha cá em casa, com base nesta ideia. Quando cheguei a casa, coloquei os malmequeres dentro destas jarras improvisadas. Vão secar, vão mudar de cor e textura, vão morrer. Têm o seu ciclo pessoal, como todos nós. Mas acho que não vou deitá-los fora. Vou guardá-los até deixarem de ser o que são e transformá-los num marcador de livro, para me recordar sempre deste dia.

O ano passado, tive um dia perfeito, e achei que não era possível repetir a proeza. Mas este ano, voltei a sentir-me realmente feliz e abençoada por todas as pessoas e coisas que tenho. Às vezes sinto-me tão, mas tão bem, comigo e com os outros, que é como se esse sentimento não coubesse em mim. É muito difícil de explicar, de definir, de gerir, porque quero partilhar o que sinto, quero dizer, mas nem sempre encontro o vocabulário certo. Exteriorizo com um simples e modesto obrigada. Pode parecer pouco, mas é um obrigada cheio de amor e de música e com cheiro a flores de campo. Porque, como respondi a uma amiga que me desejou Parabéns desta forma, penso que estes são os melhores presentes que se pode receber.