Quando andava na escola primária, íamos até à Quintinha (era assim que lhe chamávamos) e alguém nos explicava como é que se plantavam as sementes e como é que a planta ia crescer. No fim, tínhamos direito a plantar um arbusto sozinhos. Não sei se agora continua a ser assim, mas naquela altura, estes eram os benefícios de se viver numa terra pequena.
Tive muita sorte, porque passei uma infância muito feliz, rodeada de espaço e árvores. O meu infantário e, posteriormente, ATL, era dentro da Quinta. Naquela época, éramos poucas crianças, e onde hoje existe um centro de saúde e mais duas estruturas pré-fabricadas, havia só uma, e o resto era apenas espaço para brincarmos e corrermos.
A minha mãe diz que eu chegava a casa verde todos os dias. Resultado de me andar a rebolar pelos montes abaixo. Não tínhamos brinquedos sofisticados. Tínhamos terra, erva, formigas, minhocas e bichos de conta que eu insistia em adoptar e trazer para casa, porque achava que apesar de serem pequenos também davam bons animais de estimação. Tínhamo-nos uns aos outros e uma enorme sensação de liberdade.
Esses momentos, ensinaram-me a viver apaixonada por todas as coisas lindas que me rodeiam, e isso nunca se perdeu.
Tive muita sorte, porque passei uma infância muito feliz, rodeada de espaço e árvores. O meu infantário e, posteriormente, ATL, era dentro da Quinta. Naquela época, éramos poucas crianças, e onde hoje existe um centro de saúde e mais duas estruturas pré-fabricadas, havia só uma, e o resto era apenas espaço para brincarmos e corrermos.
A minha mãe diz que eu chegava a casa verde todos os dias. Resultado de me andar a rebolar pelos montes abaixo. Não tínhamos brinquedos sofisticados. Tínhamos terra, erva, formigas, minhocas e bichos de conta que eu insistia em adoptar e trazer para casa, porque achava que apesar de serem pequenos também davam bons animais de estimação. Tínhamo-nos uns aos outros e uma enorme sensação de liberdade.
Esses momentos, ensinaram-me a viver apaixonada por todas as coisas lindas que me rodeiam, e isso nunca se perdeu.
É muito bom lembrarmos estas pequenas coisas que fizeram parte da nossa infância e que hoje tanto valorizamos, resultado da industrialização e do consumismo desmedido que se assolou sobre cada um de nós.
ReplyDeleteApesar de ter vivido uma infância despojada de grandes materialismos, ás vezes, dou por mim a pensar o quão feliz era... descalça, de calcõezinhos e meia esgadelhada, naquela terra húmida de África.
Os meus filhos, apesar de fazerem umas plantações aqui e ali, quando forem crescidos recordarão coisas muito mais rebuscadas e complexas. Porque foi tudo diferente! Deus queira que se sintam felizes como eu, quando recordarem as suas infâncias :-)))
Gostei de ler!
Foste muito rápida a comentar :D
ReplyDeleteAs memórias de infância variam sempre muito de pessoa para pessoa, também pela importância que cada um de nós dá às coisas e pela satisfação de retiramos dos momentos. Numa escala de 0 a 10, estes momentos para mim são 10, mas se calhar para os meus coleguinhas dessa época, foram só 6. Creio que estas memórias são tão bonitas e intensas (as tuas e as minhas) porque nos fazem sentir que afinal não são precisas assim tantas coisas para ser feliz.
Tenho a certeza que os teus filhos vão ter excelentes recordações. Estás muito presente na vida deles, proporcionas-lhes imensas coisas importantes. Os tempos são outros, mas eles tb vão ter memórias felizes. Tenho a certeza :)