the hands show the way of the heart

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What you give is what you receive

On
April 24, 2018


Tenho pensado muito sobre isto. Será que aquilo que dou é também aquilo que recebo?

Percebi que tenho uma imensa dificuldade em receber. Sinto-me em dívida, em desequilíbrio, como se alguma coisa não estivesse no lugar certo...
No entanto, quando chega o momento de dar, estou sempre pronta e não me custa nada.

Mas, será que é bem assim?

Fui um pouco mais fundo nesta questão porque entendi que de facto se eu não sei Receber talvez na realidade eu também não saiba Dar. 
Se quando eu Recebo isso me custa talvez algures no processo de Dar isso também me custe algo.

E realmente, sendo plenamente sincera comigo, às vezes custa.
Porque, às vezes, dou, inconscientemente, esperando receber. Dou, quando não podia dar, apenas porque ainda tenho muito vivo em mim "o síndrome da boa rapariga", de querer portar-me bem e levar uma festinha na cabeça acompanhada daquela sensação de que fui uma boa menina. Dou, num misto de prazer e de culpa (a coisa mais inútil da vida) apenas para me sentir melhor comigo mesma. Dou, porque fica bem e porque os outros gostam de receber. Dou, porque acho que tenho que dar.

Isto, verdadeiramente, não é Dar. É outra coisa qualquer.

Estar presente na dádiva é muito mais difícil do que eu imaginava. E se há aprendizagem que eu tenho feito nestes últimos meses é esta. A estar presente quando recebo. Para também aprender, quando dou, a fazê-lo finalmente em pleno. 

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I have been thinking a lot about this. Is it true that what I give is also what I receive?

I understood my immense difficulty in the receiving part. I feel in dept, unbalanced, like something doesn't belong...
However, when it comes to Give away I am always ready e it's not hard at all.

But, is it really like this?

I went a little bit deeper and figured out that in fact if I don't know how to Receive maybe I also don't know how to Give.
If it cost me to Receive maybe it cost me to Give.

And I realised being completely honest with myself that indeed it really costs me something.
Because, sometimes when I give, subconsciously, I am expecting to receive. I give when I couldn't give just because I still  have deep rooted in me the "nice girl syndrome". Of behaving good and being caressed in my head with that feeling that I was a good girl. I find myself in this mist of feelings of pleasure and guilt (the most unuseful thing of life) just to feel better about myself. I give because it looks good and other like to receive. I give because I think I have to give.

Being truthful this is not giving. It's something else.

Being fully present when I am giving is much more harder than I thought. And if there's something I learned in these last months is how important it is to be present when I am receiving something. To be able to learn how to be present when I am giving something away.

Grande demais

On
April 22, 2018

Entangled

On
April 20, 2018



Quando os nós são maiores que os laços, eu procuro ajuda. E tu?



O que está fora de mim desfaz-me e constrói-me muitas vezes contra todas as regras de auto-preservação que eu própria fui criando.

Cá dentro eu sei que as respostas sempre lá estiveram. Mas as respostas às vezes precisam de alguém que faça as perguntas certas. Por isso, peço ajuda! (Grito, Ajuuuuda! Para o espaço, até.)


E, ela aparece!

No entanto, é importante dizer que nem sempre as coisas se mostram com a forma que eu espero ou desejo. 


Tenho de despojar-me do meu querido ego (que não é pequeno, acreditem) para conseguir reconhecer que a ajuda que aparece é exactamente aquela que pedi. E, uff! Aceitar. Deixar ir o sofrimento ao qual às vezes me apego tanto. Deixar de te ter pena de mim – que acaba por ser uma forma muito estranha de dar colinho a mim mesma – e Lutar! Não parar de lutar por aquilo em que acredito.



O que é isto de não parar de lutar?



Eu acredito que lutar é conseguir estar ligada aos meus valores essenciais. Reconhecer no meio do maior caos o que me guia. Qual é verdadeiramente o meu eixo.



Por exemplo, quando a minha filha não se quer vestir de manhã, pensar "será que é assim tão importante para mim que ela saia vestida de casa?". 

E não, de facto eu não faço ideia porque é que estou a julgá-la ou a querer que ela se vista... Quero que ela se vista! Apenas porque sim! Tal como ela também Quer estar nua! Apenas porque sim. 


Posso pensar: 

Mas ela ainda não tem 2 anos e não sabe o que quer realmente. Eu é que sou a adulta e sei o que é melhor para ela.


Hum... será que sei?!

É que às vezes eu não sei sequer muito bem o que é melhor para mim. Por isso, talvez eu possa expandir a minha forma de ver as coisas e dar-lhe oportunidade – tendo em conta que esta situação não tem risco nenhum para ela – de sentir, na pele dela, o que ela quer.


(Para quem está preocupado que ela se constipe eu devo dizer que em nenhum momento ela saiu nua para a rua.)



No entanto, hoje, eu abri mão do meu querido controle – porque afinal trata-se do corpo dela – e a Eva saiu De Casa nua. E de botas (por opção da própria). 

Desceu no elevador nua. Entrou na garagem nua. Fizemos todo o caminho de carro desta forma e quando abri a porta para sairmos tentei vesti-la novamente e tudo foi tranquilo. Ela sentiu finalmente o friozinho que vinha de fora e não mostrou qualquer resistência. 
Vestiu-se, antes de sair do carro.


Eu ganhei paz! E ela também.



O meu eixo, nesta situação tão do quotidiano, era apenas conquistar a minha paz. Não abrir mão dela. Lutar por isso sem medo do que algum vizinho que se cruzasse connosco pudesse pensar sobre mim como mãe. Perceber que ela não estava em risco de saúde porque continuava dentro do prédio o tempo inteiro. Ser capaz de não lhe cortar a liberdade apenas para levar a minha vontade para diante.



Claro que nem sempre as coisas são assim tão mundanas. 

É mais difícil perceber o que é essencial.


Além do mais, estar dentro de um novelo é confuso mas é quentinho. E, por mais estranho que pareça, às vezes sabe mesmo muito bem. Às vezes, a confusão e o sofrimento são lugares tão conhecidos e tão comuns que representam uma enorme segurança para alguns de nós que se habituaram a estar desta forma na vida.



Mas, para vocês que como eu se "habituaram" um bocadinho a tomar banhos de imersão na dor e na tristeza, o que vos quero dizer é: essa lã toda dá para fazer uma rica camisola :D Essa água toda dá para regar um jardim inteiro.  Bora colocar energia noutras coisas?



Por isso, hoje, como diz a Susana Rodrigues da Bless, ponho mais umas moedinhas na minha caixinha da gratidão, das coisas boas, dos encontros felizes que me lembram de quem sou. 

Dou valor à ajuda que aparece e recebo-a. De braços abertos. Tenha ela a forma que tiver!


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When the knots are bigger than the ties. I seek for help. What about you? 


What is outside myself breaks me down and builds me up so many times against all self-preservation rules I created for myself.
Inside I know the answers were always there. But the answers sometimes need somebody else's to make the questions. So I seek for help! (Sometimes I screem Heeelllp! Even to the space.)


Ans it appears!

However, it's important to say that it not always shows itself in the way I expect or desire.


I have to let go of my sweet ego (that it isn't small, believe me) to be able to recognize that the help that shows up is exactly the one I needed. And... ahh! Accept. Let go of the suffering sometimes I get so much attached to. Stop feeling pity of myself – this seems to be a weird way of holding myself like a baby – and fight! Keep fighting for what I believe.



What is that of keep fighting?



I believe that fighting is a way of remaining connected to my essencial values. To recognize in the middle of cahos what is guiding me. What is my true axis.



For example, when my daughter doesn't want to put her clothes on in the morning think "is it that important that she leaves home with her clothes on?"

In fact, it isn't and I have no idea why I am judging her or wanting her to get dressed... I want that just because! And she wants what she wants just because.


I can think:

She's only 2 and she doesn't really know what she wants. I am the grown up and I know what is the best for her.


Humm... Do I?!

Because sometimes I don't even really know what is the best thing for myself. So maybe I can expand the way I look at things and give her a chance to feel, in her own skin, what she wants – having in mind that this situation does not present any risk to her.


(For those of you concerned about her health I need to say that at any moment she went outside naked.)



However, today, I let go of my precious control – because this is her body after all – and Eva left home naked. With her boots (by her own choice).

She went down the elevator. In the garage. All the way until school. Without her clothes. When we arrived there I opened the door and tried to dresser again. Everything was ok. She felt the fresh breeze coming in so she didn't offer any resistance. She got out of the car with her clothes on.


I won my piece! And she did the same.



My axis in this daily life situation was only to conquer my piece. Not give it away. Fight for it with no fear for other people thoughts about who am I as a mother. I realised she was safe because she was inside the building and the car the all time. And this way I didn't cut her freedom just to have it my way.



Of course that not always I am able to do the same.

Sometimes is really hard to connect with what is essencial.


Also, being entangled inside a yarn ball of stuff can be confusing but it is also warm. Sometimes it feels really good. Specially because many times confusion and suffering are very familiar places. So common that at some point they become a safety web for those like me that are really "used" to this way of living.



If you "like" to take long baths in pain and sadness what I want to say is: all of that yarn can make a really cool sweater :D All of that water can be used in an entire garden. Lets use this energy some place else, right?



So today like Susana Rodrigues from Bless says I put a little more money in my gratitude box. The box where I keep the good stuff. The happy encounters that remind me of who I am.

I thank for the help I get and receive it with open arms. Whatever the form that help has!

Aqui-Agora

On
April 11, 2018





"É no 100% no aqui-agora, aquele estado mágico em que estamos integralmente identificados com o fio da meada da vida que flui enquanto respiramos, que encontraremos conexão, significado, coragem, intuição, lucidez, harmonia, paz e amor que tanto buscamos. Fora deste estado, é só ilusão."



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It is when 100% at here and now, that magical state in which we are completely identify with the thread of life that flows while we breath that we found connection, meaning, courage, intuition, clarity, harmony, peace and the love that we seek for so much. Away from that state it's just illusion."

Affirmations and other thoughts

On
April 10, 2018



Como é que lidamos com a dor, com a tristeza, com a certeza de que estamos sozinhos em alguns momentos e que mesmo rodeados de pessoas, redes sociais, constante feedback, pais, amigos, família em geral, nem sempre a nossa vulnerabilidade é compreendida ou abraçada e ouve-se assim como que um eco de vazio no nosso corpo?

Certamente as nossas necessidades são as mesmas. Amor, pertença, acolhimento de quem somos.
Então, como é que tu lidas com estas emoções que às vezes parece que te estilhaçam em pedaços pequeninos que ninguém jamais conseguirá apanhar?


Eu, recentemente, encontrei um ponto de fuga dentro de mim mesma, quando estes momentos chegam. 

Procuro a verdade. 
Mas não a verdade daquilo que está mesmo ali à minha frente. Não aquela repetida mensagem que me está a deprimir insistentemente. 
A verdade, Além. 


Por exemplo, estou sem dinheiro e isso é uma angustia tremenda. Mexe com muitas questões relacionadas com valor pessoal, realização pessoal, sentido e propósito de vida, etc.

Então, tenho aqui duas alternativas: dizer vezes sem conta que estou sem dinheiro e que não sei o que fazer. Repisar nesta informação que já tenho, sei de cor e que na realidade não me acrescenta mais nada. Ou, pelo contrário, pensar uma alternativa. (Sim, as estratégias costumam ajudar a sair do buraco.) Mas, por outro lado, as estratégias são formas superficiais de lidar com algo que não é emergente mas latente, que se calhar, já aqui vive há muitos e muitos anos, que se transformou numa crença e que leva a outras crenças, também elas negativas e pouco construtivas.


Como se a mente, ela própria, tivesse a sua missão. E me pilotasse para esta rede de pensamentos que me submergem e me sabotam.



Volto então atrás. 

Estou neste poço que parece que tem um fundo que nunca mais acaba. E penso: 'bora lá ver as coisas de outra maneira. 
Passo a perna àquilo que sempre acreditei e Re-Significo.
Ao invés de pensar "estou sem dinheiro, bla bla bla", eu busco a verdade... outra verdade. A verdade, Além: tenho suporte, pessoas que me podem ajudar, não estou sozinha, tenho coisas que posso libertar para conseguir dinheiro, tenho saúde que me permite trabalhar, tenho talento e coisas que consigo fazer, estou em forma e posso conseguir trabalho. Por aí fora até me sentir ok novamente.


Estes pensamentos repetem-se ao longo do dia e ao longo do dia eu vou buscando outra verdade. Outras verdades. Para cada um dos pensamentos negativos que tenho e que de forma nenhuma são produtivos ou me ajudam a lidar com o que estou a sentir.



Ultimamente são as afirmações (novas afirmações) que me ajudam a encontrar um centro e a cuidar da minha auto-estima.

Não é fácil. 
Descarrilar novamente para aquilo que é conhecido é mesmo aquilo que acontece mais vezes.
Mas espero com esta partilha trazer alguns recursos a quem quer que seja que esteja a passar por este desafio de educar a mente de forma positiva e compassiva. E que, tal como eu, está a aprender a pensar-se diferente.


Vale a paz que se revela em cada novo pensamento!



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How do we deal with pain, sadness, the certainty that sometimes we are alone and that even if surrounded by people, social networks, constant feedback, parents, friends, family in general we can not always share our vulnerability and be understood, hugged... So we almost feel this sort of empty eco inside you that you can not explain?



For sure our needs are the same. Love, belonging, be accepted as we are.

So how do you deal with these emotions that sometimes seem to break you in such little pieces no one could ever fix you up?


Recently I found this escape point inside me when this moments arrive.

I look for the truth.
But not the truth that it's right in front of me. Not the same message I heard over and over again and it's kind of depressing me.
I look for the truth, Beyond.


I give an example. I don't have any money and this causes me a lot of concerns. Also makes me question my self worth, sense of accomplishment, meaning and purpose of my life, etc.

So here I have two choices: telling myself over and over again that I don't have any money and I have no clue how to solve this situation. Go through this thoughts that I already know by hard and that in reality don't add anything else to me. Or I can think of an alternative. (Yes, strategies usually help to leave the hole.) However, strategies are superficial ways to deal with something that  is not emergent but latent and that maybe lives inside me for many many years and has become a belief that leads to other beliefs that are also negative and not constructive at all.


It's like the mind itself has its own mission. And it's flying me to this mesh of thoughts that are submerging and sabotaging me.



For me the only option is to go back.



I am in a well that seems so deep it doesn't end. And I think: "Let's just look at things in a different perspective."

I deceive what I always believe and I create new Meanings.
So instead of thinking "I have no money so on so on so on" I look for the truth... the other truth. The truth, Beyond: I have support, I am not alone, I have things that I can let go and sell to get some money, I have good health that allows me to work, I have talent and things I can do, I am fit to find a job. And I keep doing this until I feel ok again.


These thoughts repeat itself through the day and through the day I have to find my other truth. 

For every negative thought I have and that is not useful to me in any possible way I have to seek the other truth.


Lately these affirmations (new affirmations) are helping me to find my center and take care of my self-esteem.

It's not easy.
I go back to what I already know more often than I wish for.
But I hope sharing this might bring some inner resources for those of you going through these processes of raising a new mind in a positive and compassionate way. And that, just like me, are still learning to think differently about themselves.


Its worth the peace that reveals itself with every new thought!




Eu sou

On
April 03, 2018

©Lieve Tobback

"Estes dias, quando eu digo "EU", não quero dizer a estória de mim mesmo, a narrativa que nunca acaba, o conto do passado e do futuro, história e sonhos. Quero dizer este sempre presente, vasto, espaço aberto sem fronteiras em que todas essas mudanças de pensamento que nunca acabam, sensações, sentimentos, sons, vão e vêm – o espaço em que todas as facetas da dança cósmica são profundamente acolhidas, não porque "EU" recebo-"AS", mas porque elas SÃO.

SÃO.

Galáxias ancestrais erguem-se e dissolvem-se na intimidade do "EU SOU", estrelas explodem, flores nascem e murcham e regressam ao solo, tudo neste amor sem limites para lá de todos os conceitos humanos de amor.
Nos destroços da ilusão, nós descobrimos um amor para lá da imaginação."

//

"These days, when I say 'I', I don't mean the story of myself, the ever-changing narrative, the tale of past and future, history and dreams. I mean this ever-present, vast, boundless open space in which all those ever-changing thoughts, sensations, feelings, sounds, come and go - the space in which every facet of this cosmic dance is deeply welcomed, not because 'I' am welcoming 'it', but because it IS. 


It IS. 



Ancient galaxies arise and dissolve in the intimacy that I Am, stars explode, flowers bloom and wither and return to ground, all in this boundless love beyond every human concept of love.
In the rubble of illusion, we discover a love beyond imagination."