the hands show the way of the heart

Entangled

| On
April 20, 2018



Quando os nós são maiores que os laços, eu procuro ajuda. E tu?



O que está fora de mim desfaz-me e constrói-me muitas vezes contra todas as regras de auto-preservação que eu própria fui criando.

Cá dentro eu sei que as respostas sempre lá estiveram. Mas as respostas às vezes precisam de alguém que faça as perguntas certas. Por isso, peço ajuda! (Grito, Ajuuuuda! Para o espaço, até.)


E, ela aparece!

No entanto, é importante dizer que nem sempre as coisas se mostram com a forma que eu espero ou desejo. 


Tenho de despojar-me do meu querido ego (que não é pequeno, acreditem) para conseguir reconhecer que a ajuda que aparece é exactamente aquela que pedi. E, uff! Aceitar. Deixar ir o sofrimento ao qual às vezes me apego tanto. Deixar de te ter pena de mim – que acaba por ser uma forma muito estranha de dar colinho a mim mesma – e Lutar! Não parar de lutar por aquilo em que acredito.



O que é isto de não parar de lutar?



Eu acredito que lutar é conseguir estar ligada aos meus valores essenciais. Reconhecer no meio do maior caos o que me guia. Qual é verdadeiramente o meu eixo.



Por exemplo, quando a minha filha não se quer vestir de manhã, pensar "será que é assim tão importante para mim que ela saia vestida de casa?". 

E não, de facto eu não faço ideia porque é que estou a julgá-la ou a querer que ela se vista... Quero que ela se vista! Apenas porque sim! Tal como ela também Quer estar nua! Apenas porque sim. 


Posso pensar: 

Mas ela ainda não tem 2 anos e não sabe o que quer realmente. Eu é que sou a adulta e sei o que é melhor para ela.


Hum... será que sei?!

É que às vezes eu não sei sequer muito bem o que é melhor para mim. Por isso, talvez eu possa expandir a minha forma de ver as coisas e dar-lhe oportunidade – tendo em conta que esta situação não tem risco nenhum para ela – de sentir, na pele dela, o que ela quer.


(Para quem está preocupado que ela se constipe eu devo dizer que em nenhum momento ela saiu nua para a rua.)



No entanto, hoje, eu abri mão do meu querido controle – porque afinal trata-se do corpo dela – e a Eva saiu De Casa nua. E de botas (por opção da própria). 

Desceu no elevador nua. Entrou na garagem nua. Fizemos todo o caminho de carro desta forma e quando abri a porta para sairmos tentei vesti-la novamente e tudo foi tranquilo. Ela sentiu finalmente o friozinho que vinha de fora e não mostrou qualquer resistência. 
Vestiu-se, antes de sair do carro.


Eu ganhei paz! E ela também.



O meu eixo, nesta situação tão do quotidiano, era apenas conquistar a minha paz. Não abrir mão dela. Lutar por isso sem medo do que algum vizinho que se cruzasse connosco pudesse pensar sobre mim como mãe. Perceber que ela não estava em risco de saúde porque continuava dentro do prédio o tempo inteiro. Ser capaz de não lhe cortar a liberdade apenas para levar a minha vontade para diante.



Claro que nem sempre as coisas são assim tão mundanas. 

É mais difícil perceber o que é essencial.


Além do mais, estar dentro de um novelo é confuso mas é quentinho. E, por mais estranho que pareça, às vezes sabe mesmo muito bem. Às vezes, a confusão e o sofrimento são lugares tão conhecidos e tão comuns que representam uma enorme segurança para alguns de nós que se habituaram a estar desta forma na vida.



Mas, para vocês que como eu se "habituaram" um bocadinho a tomar banhos de imersão na dor e na tristeza, o que vos quero dizer é: essa lã toda dá para fazer uma rica camisola :D Essa água toda dá para regar um jardim inteiro.  Bora colocar energia noutras coisas?



Por isso, hoje, como diz a Susana Rodrigues da Bless, ponho mais umas moedinhas na minha caixinha da gratidão, das coisas boas, dos encontros felizes que me lembram de quem sou. 

Dou valor à ajuda que aparece e recebo-a. De braços abertos. Tenha ela a forma que tiver!


//



When the knots are bigger than the ties. I seek for help. What about you? 


What is outside myself breaks me down and builds me up so many times against all self-preservation rules I created for myself.
Inside I know the answers were always there. But the answers sometimes need somebody else's to make the questions. So I seek for help! (Sometimes I screem Heeelllp! Even to the space.)


Ans it appears!

However, it's important to say that it not always shows itself in the way I expect or desire.


I have to let go of my sweet ego (that it isn't small, believe me) to be able to recognize that the help that shows up is exactly the one I needed. And... ahh! Accept. Let go of the suffering sometimes I get so much attached to. Stop feeling pity of myself – this seems to be a weird way of holding myself like a baby – and fight! Keep fighting for what I believe.



What is that of keep fighting?



I believe that fighting is a way of remaining connected to my essencial values. To recognize in the middle of cahos what is guiding me. What is my true axis.



For example, when my daughter doesn't want to put her clothes on in the morning think "is it that important that she leaves home with her clothes on?"

In fact, it isn't and I have no idea why I am judging her or wanting her to get dressed... I want that just because! And she wants what she wants just because.


I can think:

She's only 2 and she doesn't really know what she wants. I am the grown up and I know what is the best for her.


Humm... Do I?!

Because sometimes I don't even really know what is the best thing for myself. So maybe I can expand the way I look at things and give her a chance to feel, in her own skin, what she wants – having in mind that this situation does not present any risk to her.


(For those of you concerned about her health I need to say that at any moment she went outside naked.)



However, today, I let go of my precious control – because this is her body after all – and Eva left home naked. With her boots (by her own choice).

She went down the elevator. In the garage. All the way until school. Without her clothes. When we arrived there I opened the door and tried to dresser again. Everything was ok. She felt the fresh breeze coming in so she didn't offer any resistance. She got out of the car with her clothes on.


I won my piece! And she did the same.



My axis in this daily life situation was only to conquer my piece. Not give it away. Fight for it with no fear for other people thoughts about who am I as a mother. I realised she was safe because she was inside the building and the car the all time. And this way I didn't cut her freedom just to have it my way.



Of course that not always I am able to do the same.

Sometimes is really hard to connect with what is essencial.


Also, being entangled inside a yarn ball of stuff can be confusing but it is also warm. Sometimes it feels really good. Specially because many times confusion and suffering are very familiar places. So common that at some point they become a safety web for those like me that are really "used" to this way of living.



If you "like" to take long baths in pain and sadness what I want to say is: all of that yarn can make a really cool sweater :D All of that water can be used in an entire garden. Lets use this energy some place else, right?



So today like Susana Rodrigues from Bless says I put a little more money in my gratitude box. The box where I keep the good stuff. The happy encounters that remind me of who I am.

I thank for the help I get and receive it with open arms. Whatever the form that help has!
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