São uma espécie de receptáculos de amor. E eu, que nunca tive animais de estimação, vejo-me agora rendida aos seus gestos lânguidos. Derreto-me de cada vez que se alongam. Não resisto aos seus desmaios de amor por mim - deitados no chão quando chego a casa, de barriga descoberta para festas sem fim.
Não sou dada a grandes reflexões sobre eles - sobre se são ou não família e essas coisas que as pessoas costumam dizer sobre os bichos.
Quero só que sejam felizes.
A vida é curta - a deles ainda mais. Mas o tempo não me chateia nada. Quero dizer: não me preocupa.
Qualquer que seja o tempo que tenho com eles é precioso. E chegará, certamente. Porque foi bem vivido.
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