“When you least expect it, nature has cunning ways of finding our weakest spot. Just remember I’m here. Right now, you may not want to feel anything. Maybe you’ll never want to feel anything. And, maybe it’s not to me you want to speak about these things, but I feel something you obviously did.
Look, you had a beautiful friendship. Maybe more than a friendship. And I envy you.
In my place, most parents would hope the whole thing goes away, or pray that their sons land on their feet. But I am not such a parent. We rip out so much of ourselves to be cured of things faster that we go bankrupt by the age of 30 and have less to offer each time we start with someone new. But to make yourself feel nothing so as not to feel anything—what a waste!
And I’ll say one more thing… it’ll clear the air. I may have come close, but I never have what you two have. Something always held me back or stood in the way. How you live your life is your business. Just remember, our hearts and our bodies are given to us only once, and before you know it, your heart’s worn out. And as for your body, there comes a point when no one looks at it, much less wants to come near it. Right now, there’s sorrow, pain; don’t kill it, and with it, the joy you’ve felt.”
Já me apaixonei muitas vezes.
Há quem diga que a paixão é uma coisa horrível porque desassossega e é uma angústia. Acho que passados anos disto, eu consigo entender. E, estranhamente, acolher também.
Algures cá dentro há um vazio que nada tem a ver com o medo do abandono, da rejeição ou do desamor. É um vazio de ausência. Uma coisa que parece que precisa de ser preenchida e que, pelo menos para mim, relembra uma ferida muito antiga.
A questão fundamental é, o que é que está por detrás da dor? Se existe um vazio é porque há essa possibilidade. Há um espaço para isso acontecer. Porque, em compensação, haverá algo que está profundamente preenchido noutro sítio qualquer.
Então, ultimamente, mesmo quando a mente não concorda, tudo o que consigo fazer é pagar para ver. Preciso de Ver. Preciso de ficar com o que está a pedir para ser vivido e sentido.
É uma coisa que não controlo nem desejo controlar.
E, por isso, apenas fico. E observo. E absorvo tudo.
Despojo-me de julgamentos, de ideias e de futuro.
Mantenho-me absolutamente curiosa.
No presente das coisas. No tempo das coisas. À medida e no tamanho que forem acontecendo.
Costumava ter a fantasia de que existia uma alma gémea - alguém que me completasse e me fizesse sentir inteira. Mas, em qualquer momento isso ruiu. E eu tive que dar-me a mão. Ficar inteira comigo mesma, com muito amor e compaixão. Aprender a caminhar de mãos dadas comigo.
Nesse processo de ir ao meu próprio encontro fui também escavando. Só que escavar até ao fundo das coisas dói sempre cada vez mais. Implica, creio, perceber que a dor é uma aliada. Que não é algo que me acontece mas que é também uma parte de quem eu sou. E que portanto, devo render-me a ela com humildade. Deixar que me atravesse. Dando-lhe o devido espaço que ela precisa. Com uma fé inabalável de que do outro lado está apenas amor.
Nota importante: Esta é a minha viagem. E eu estou a fazê-la porque fui reunindo recursos para isso. Mas sem dúvida, acho que este não é um caminho que deva ser trilhado sem suporte. É mesmo um lugar perigoso e que para muita gente talvez não deva ser de facto normalizado. Alguém tem que nos segurar na mão - Mesmo!!! E até sermos capazes de ser nós mesmos, é de extrema importância pedir ajuda.