As histórias de amor não são como nos contos de fadas e nem sempre têm um final feliz ou duram para sempre.
As histórias de amor, acontecem no meio. Porque uma relação que termina não acaba com o amor que se viveu nem com aquilo que se partilhou.
Às vezes, na busca por uma "história da Disney", o presente evapora-se.
Se calhar, às vezes, as coisas são só mais ou menos. Uma pessoa permanece e tenta, porque ainda acredita no potencial. Mas essa fé, só por si, já é uma grande história de amor. Porque é um confiar que há ali uma magia qualquer que nos prende ao outro. Mesmo que essa magia sejam apenas coisas práticas e mundanas, a vida é feita disso! Então é bonito que em determinados momentos seja o quotidiano a ganhar.
Dá um quentinho cá dentro idealizar o romance que existe entre velhinhos de mãos dadas na rua porque não estamos com eles quando se põem aos gritos um com o outro.
Só que as histórias de amor são isso mesmo: feitas de acordar junto, dormir cada um virado para seu lado, ressonar em uníssono, partilhar de manhã o sonho que se teve e pensar que seca que é ouvir o outro por mais um segundo mas ouvir na mesma porque se respeita e quer-se agradar.
Histórias de amor são os pequenos presentes que nos damos sem darmos conta.
Depois às vezes já não queremos agradar mais e é o fim. Dizemos adeus ou até já e fica um vazio porque nos esquecemos que o que já se viveu já está ganho. Já ganhámos só por aquilo ter existido mesmo que não tenha preenchido os ideais ou as fantasias que tínhamos e continuamos a ter.
É preciso saber separar as coisas porque a cada instante há uma fantasia que se desfaz. Mas quando isso acontece o que resta é a realidade. E a realidade é que é a puta da verdade. Então mais vale agarrá-la e vivê-la tal como ela se apresenta a cada momento.
As histórias de amor não acontecem no fim. Acontecem no agora!
Se me lembrar disso, quem sabe, até posso começar a achar que vou viver feliz para sempre :)
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