# Dia 263

Depois de um dia de chuva perfeito em Huilo-Huilo, em que pude afundar-me durante várias horas numa maravilhosa e hipnotizante cama, pusemo-nos novamente ao caminho, em direcção às Termas Geométricas.

A nossa viagem não podia ter terminado melhor.

# Dia 262

Entre o sono e um sonho.

...

Na véspera da nossa viagem descobrimos que todos os lugares do ferry que nos levaria desde a Argentina até ao Chile já estavam tomados e que havia apenas 5 lugares de emergência para quem não tivesse conseguido reservar passagem.
Do outro lado tínhamos um hotel de sonho à nossa espera. E a única forma de chegar a tempo de conseguir o bilhete era sermos um dos 5 primeiros a passar a fronteira.

(dilema)

Saímos às 3h da manhã. Demorámos 2 horas a conduzir por cima de um caminho de pedras e pedrinhas. Dormimos 2 horas à porta da aduana. Mas passámos sem problema.

Sinto que a viagem e a estadia em Huilo-Huilo (já no Chile) compensou qualquer senão, mas sei também que, sem a força do colectivo, teria optado por dormir 8 ou 9 horas e perdido essa oportunidade.

Muito obrigada Lili e Sacha, por tudo!!!

# Dia 261

San Martín de Los Andes e o museu "La Pastera", dedicado à vida de Che Guevara.

"El dedo de Dios"

Paisagem em movimento.

No caminho para San Martín de los Andes senti-me pequenina pequenina. Olhando para fora da janela, fui mergulhando nesta imensidão... apontada, talvez, pelo "dedo de Deus" – era assim que o lugar se chamava.

# Dia 260

Dentro de um teleférico em forma de ovo vermelho. Dentro da cidade de Bariloche.

A caminho de...

"porque seremos una danza en la colina y nada más...
– Gabriela Mistral | poetisa Chilena –

El Bosque de los Arrayanes

Abraçar as árvores, dançar com elas, ouvi-las respirar e pulsar.
Os Arrayanes (murta, segundo o google translate) são frescos, laranjas e suaves.

Tarde incrível!

# Dia 259

Numa floresta mágica, com o som da cascata ao fundo. Assim começou a manhã do 4º dia de viagem.

# Dia 258

A viagem continua.
Um km depois de outro. Uma montanha depois de outra. E chegamos a Villa La Angostura na Patagónia Argentina.

# Dia 257

Segunda-feira.
Pequeno-almoço maravilhoso no Hotel Frutillar.

Durante o dia, só consegui pensar no quanto preciso de variedade. Variedade gastronómica e cultural. Mudança. Encontrar-me com o que é novo.

Aquele pão podia não ser o melhor do mundo, mas seria sempre o melhor que podia comer naquele momento. Porquê?! Apenas porque era aquele pão, apenas porque era naquele lugar, com aquelas pessoas e naquele ambiente e contexto. Estar inteiro é apenas isso. (Creio que descobri há muito pouco tempo).

...

Este primeiro dia de actividade foi intenso (um cheirinho de como seria o resto da semana), graças aos nossos enérgicos e maravilhosos anfitriões.

Casaco quentinho outra vez. Sentir as mãos e os lábios a estalar. Sensação, como sempre, de amor e ódio pelo frio.

Depois de Puerto Varas, continuámos a contornar o lago Llanquihue em direcção ao Vulcão Osorno.
E embora, como ouvi dizer em algum lugar, o mais importante na vida não seja chegar muito alto mas sim chegar muito perto, nós subimos, subimos, subimos e subimos mais um pouco; de carro, enquanto lá fora as árvores e os montes passavam por nós com pressa.

# Dia 256

Acordar às 4h da manhã pronta para descobrir o sul do Chile e da Argentina.
Como não estar motivada? 3 coisas me puxariam, fosse a que hora fosse; sempre:

Boa companhia.
Ir ao encontro de um lugar desconhecido.
Viajar, fosse para onde fosse, ainda que que fosse para um lugar conhecido.

Quando chegámos ao Aeroporto de Osorno, Lili, Sacha e Nati estavam já à nossa espera.
Fomos até Frutillar e almoçámos com o Vulcão Osorno, adormecido, lá ao longe.