Estar zangado é uma escolha que traz consigo uma longa cauda.
* Pode ser apego ao que gostava que fosse mas que não é.
* Pode ser ego magoado e ressentido.
* Pode ser proteção - porque assim cuido de mim e das minhas necessidades com a certeza de que não vou abandonar-me (coisa que é muito difícil de acontecer quando arranjo justificações para tudo o que me está a acontecer).
Estar zangada é a ponta do icebergue. Por baixo da linha da água, está a vergonha - um sentimento de humilhação. A dúvida. A tristeza. Querer algo que não acontece - e que não faço ideia se vai acontecer.
Mas eu quero estar em casa. Quero descansar.
Por isso, às vezes, sabendo que nada dura para sempre, permito-me esta zanga momentânea que é só minha e que não vou partilhar. Sinto-me mais saudável e genuína neste processo.
Não há receitas.
Talvez um dia - quando for muito mais evoluída - possa escolher não me zangar. Com paz e aceitação.
Agora, aceito o que há - que é zanga, quando há zanga. E faço umas longas e devidas pausas do resto. Para poder libertar tudo isto para o espaço. E seguir caminho com amor.
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