Afecto. O Encontro de Talentos.
Há momentos na minha
vida em que penso: ainda bem que a felicidade não mata! Ontem, durante o
Encontro de Talentos, vivi um desses momentos.
O Show ou Encontro de Talentos consiste numa apresentação daquilo que sabemos fazer melhor.
(Se reconhecermos os nossos talentos, teremos certamente mais ferramentas para concretizar os nossos sonhos.)
Este tinha sido, durante a minha jornada pelo Brasil, um dos momentos mais bonitos e emocionantes que vivi.
Honestamente,
não esperei que aqui em Lisboa as pessoas pudessem aderir da mesma
forma ou com o mesmo entusiasmo. E claro que, à partida, não podiam,
porque somos de facto diferentes e porque temos formas diferentes de
expressar o mesmo entusiasmo. Mas, precisamente porque "somos" mais
fechados, mais resistentes ao desconhecido e mais difíceis de tocar,
creio que o sucesso foi ainda maior!!!
As crianças
organizaram o melhor show de talentos que podiam. Foram a melhor versão
delas mesmas. Entregaram-se completamente e, com enorme orgulho,
apresentaram aquilo que sabem fazer melhor aos familiares e amigos.
O
nosso medo (meu e da professora Ana): que os pais não viessem e que o
esforço das crianças não fosse visto. Mas os pais vieram e os amigos
também. Com máquinas fotográficas e câmeras e sorrisos.
Demos ontem já um grande passo na concretização de pelo menos um dos sonhos: inclusão, não segregação, auto-valorização.
(deixo-vos algumas fotografias da preparação)
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The Affection. The Gathering of Talents.
There are moments in my life when I think, thankfully happiness doesn't kill! Yesterday, during the Talent Meeting, I lived one of those moments.
The Talent Show or Gathering is a presentation of what we do best.
(If we recognize our talents, we will certainly have more tools to accomplish our dreams.)
This was, during my journey through Brazil, one of the most beautiful and exciting moments that I experienced.
Honestly,
I did not expect that here in Lisbon people could join in the same way
or with the same enthusiasm. Of course that, to begin with, they
couldn't, because "we" really are different and because we have
different ways of expressing the same enthusiasm. But precisely because
"we" are more closed, more resistant to the unknown and more difficult
to reach, I think the success was even greater!
The
children organized the best talent show that they could. They were the
best version of themselves. They gave themselves completely and, with
great pride, they showed what they do best to their family and friends.
Our
fear (my fear and teacher's Ana fear): that parents wouldn't come and
that the effort of the children weren't seen. But parents and friends
came. With cameras and big smiles.
We already gave yesterday a major step in achieving at least one dream: inclusion, not segregation, self-worth.
(I leave you some pictures of the preparation process)