“The best way to complain is to make things.”
James Murphy
{via oh-so-quiet}
No Brasil, as expressões que mais ouço no meu dia-a-dia são: "é tranquilo", "não esquenta" e "desencana".
Os critérios para viver feliz são simples.
A vida é para ser vivida e aproveitada. Cada dia é um presente. E quando tudo parece correr mal, sacodem-se as tristezas e bola para a frente.
Aqui, nunca nada está perdido. O copo está sempre cheio e, independentemente das circunstâncias – e elas podem ser as piores do mundo –, é sempre possível dar a volta por cima.
Sei que estou longe de casa e que o meu país não parou e está, durante esta minha ausência, a tentar gerir uma crise enorme. Mas, independentemente do caos, foi isto que ao longo dos meus 28 anos fui aprendendo contrariada: o pessimista nunca é um pessimista, é apenas um ser realista, quase sempre dotado de mais informação e experiência que o outro.
O optimista, é um sonhador que, certamente, nunca teve problemas na sua vida e que, por isso, tem que pedir licença para continuar a acreditar que as coisas podem ser melhores.
Nunca ninguém consegue convencer um pessimista de que ele está a ser rídiculo. No entanto, é habitual o optimista ser achincalhado porque não sabe do que está a falar.
E isto sempre me pareceu gigantescamente e irritantemente injusto.
Chegando aqui a Santos, tive uma epifania. Afinal não estou errada. É possível ter adversidades e sorrir. É possível ter crises e superá-las.
Esta é a lógica do optimismo: quando estamos dentro de um buraco, olhar para baixo e queixarmo-nos de como é fundo e escuro não ajuda a encontrar a saída. Fazê-lo é, inclusivamente, pura perda de tempo. Uma boa estratégia também não resulta de ficarmos sentados a imaginar que alguém se lembrará de nos puxar para cima. Parece-me que a melhor das hipóteses é procurar os pontos de luz e encontrar força para nos impulsionarmos para fora. Se lá em cima estiver alguém para nos ajudar, será perfeito. Mas se não tivermos, pelo menos não morremos sem tentar.
E, como li no outro dia, em Portugal "a recessão não tem uma solução; tem milhões. Dez milhões, para ser exacto." Não vale olhar para baixo.
James Murphy
{via oh-so-quiet}
No Brasil, as expressões que mais ouço no meu dia-a-dia são: "é tranquilo", "não esquenta" e "desencana".
Os critérios para viver feliz são simples.
A vida é para ser vivida e aproveitada. Cada dia é um presente. E quando tudo parece correr mal, sacodem-se as tristezas e bola para a frente.
Aqui, nunca nada está perdido. O copo está sempre cheio e, independentemente das circunstâncias – e elas podem ser as piores do mundo –, é sempre possível dar a volta por cima.
Sei que estou longe de casa e que o meu país não parou e está, durante esta minha ausência, a tentar gerir uma crise enorme. Mas, independentemente do caos, foi isto que ao longo dos meus 28 anos fui aprendendo contrariada: o pessimista nunca é um pessimista, é apenas um ser realista, quase sempre dotado de mais informação e experiência que o outro.
O optimista, é um sonhador que, certamente, nunca teve problemas na sua vida e que, por isso, tem que pedir licença para continuar a acreditar que as coisas podem ser melhores.
Nunca ninguém consegue convencer um pessimista de que ele está a ser rídiculo. No entanto, é habitual o optimista ser achincalhado porque não sabe do que está a falar.
E isto sempre me pareceu gigantescamente e irritantemente injusto.
Chegando aqui a Santos, tive uma epifania. Afinal não estou errada. É possível ter adversidades e sorrir. É possível ter crises e superá-las.
Esta é a lógica do optimismo: quando estamos dentro de um buraco, olhar para baixo e queixarmo-nos de como é fundo e escuro não ajuda a encontrar a saída. Fazê-lo é, inclusivamente, pura perda de tempo. Uma boa estratégia também não resulta de ficarmos sentados a imaginar que alguém se lembrará de nos puxar para cima. Parece-me que a melhor das hipóteses é procurar os pontos de luz e encontrar força para nos impulsionarmos para fora. Se lá em cima estiver alguém para nos ajudar, será perfeito. Mas se não tivermos, pelo menos não morremos sem tentar.
E, como li no outro dia, em Portugal "a recessão não tem uma solução; tem milhões. Dez milhões, para ser exacto." Não vale olhar para baixo.
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