the hands show the way of the heart

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O jardim da Sofia

On
October 31, 2012

E a Sofia, com umas mangas tricotadas por mim :)

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And Sofia, with sleeves knitted by me :)

Co-existĂȘncia

On
October 31, 2012


BaterĂĄs duas vezes e eu abrirei
e nĂŁo quererei acreditar que sejas tu.
EntrarĂĄs num andar que desconheces
e que Ă© feito apenas para sobreviver.
E aĂ­ me encontrarĂĄs, quem sabe
porque estranho desĂ­gnio.
Entrando na sala de jantar poderĂĄs ver o teu retrato
e os nossos livros.
SoarĂĄ o Nocturno.
FolhearĂĄs, quem sabe, Virginia Woolf.
Virei atrĂĄs de ti com o desejo
de sentir no meu rosto os teus cabelos.
Sentar-te-ei com infinita ternura
num dos velhos sofĂĄs compartilhados
(onde estudavas nos Ășltimos tempos
um longo monĂłlogo de mulher
solitĂĄria — o que nunca foste).
Espiarei
os teus olhos, o triste sorriso
dos teus lĂĄbios amĂĄveis, entreabertos,
e tudo acabarå com um abraço
que serĂĄ o primeiro. DeixarĂĄ de haver
passado ou futuro. Tudo serĂĄ lĂłgico.

E este poema nunca terĂĄ existido.
Feliu Formosa


// 

You will knock twice and I will open 
and I will not want to believe it's you. 
You will come in a floor that you don't know
and that is made just to survive. 
And there you'll find me, who knows
by what strange design. 
Entering in the dining room you can see your portrait
and our books.
Will sound the Night. You'll peruse, perhaps Virginia Woolf.
I will come after you with the desire
of feeling your hair in my face.
I will sit you down with infinite tenderness
in one of the old shared sofas (where you use to study lately
a long monologue
of lonely woman — which you never were).
I will spy
your eyes, the sad smile
of your kind lips, slightly ajar,
and all will end with an embrace
which will be the first. There will be
no past or future. Everything will be logical.

And this poem it will never have existed. 
Feliu Formosa

Felicidade

On
October 30, 2012

{via Garatujas FantĂĄsticas}

"Trust your heart if the seas catch fire, live by love though the stars walk backward.”
― E.E. Cummings

Bolachas de chocolate com a Sofia

On
October 25, 2012

{photos by JoĂŁo}

Este verĂŁo, convidei a minha mana Sofia para fazer biscoitos de chocolate.
Foi uma primeira vez para mim e para ela. Mas o resultado foi bonito e saboroso :)

Receita:
250 gr. açĂșcar
225 gr. manteiga
250 gr. farinha
½ c. chĂĄ sal
2 gemas
250 gr. pepitas de chocolate semi-amargo 

Misture o açĂșcar (eu misturei açucar branco com açucar biolĂłgico de cana), a manteiga, a farinha, o sal e as gemas.
Deite numa taça grande e junte as pepitas de chocolate. Misture cuidadosamente (de preferĂȘncia com as mĂŁos). (eu juntei mais farinha para a massa ter solidez necessĂĄria para ser manuseada)

Coloque pequenas colheradas de massa numa assadeira untada e leve ao forno a 180° durante cerca de 12 a 15 minutos, atĂ© as bolachinhas ficarem douradas mas ligeiramente macias.
Retire do forno, deixe repousar durante 2 minutos e coloque sobre uma rede para arrefecer.

Bom apetite!

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This summer I invited my little sister Sofia to cook some chocolate biscuits with me.
It was a first time for me and for her. But the result was beautiful and tasty :)

recipe:
250 gr. sugar
225 gr. butter
250 gr. flour
½ tea spoon of salt
2 egg yolks
250 gr. semi-bitter chocolate
nuggets

Mix the sugar (
I mixed white sugar with organic cane sugar ), the butter, the flour, the salt and egg yolks.
Pour into a large bowl and stir in the chocolate chips. Mix thoroughly (preferably with hands). (I joined more flour to the dough so it could be handled better)

Place small spoonfuls of dough on a greased baking sheet and bake at 180° for about 12 to 15 minutes, until the cookies become golden but slightly soft.
Remove from oven, let stand for 2 minutes and place it on a network to cool.

Bon appetite!

Sem pressa II

On
October 19, 2012

Sem pressa

On
October 19, 2012



Biovilla II

On
October 18, 2012

{fotografias de BĂĄrbara Alegre Silva}

O fim-de-semana passada voltei Ă  Biovilla.
Domingo foi assim, com novos amigos, rodeada de esperança verde e com a certeza de que o meu mundo interior Ă© feito disto mesmo: pessoas bonitas, lugares encantados e caminhos mĂĄgicos que me levam exactamente onde mais desejo no fundo de mim mesma. 

"A vida Ă© uma coisa bem feita!" :)

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In the weekend I returned to Biovilla.
Sunday was like this, with new friends, surrounded by green hope and with the certainty that my inner world is really made of these: beautiful people,
enchanted places and magical roads that lead me exactly where I desire deep within myself.

"Life is something well done!" :)

Tempos olĂ­mpicos

On
October 18, 2012

Os jogos acabaram. Mas as olimpĂ­adas parecem continuar por estes lados.

Nunca fui boa com nenhuma actividade fĂ­sica. Mas gosto de nadar e correr e dançar e consigo chegar com as mĂŁos aos pĂ©s sem nenhum esforço. Tenho de flexibilidade e resiliĂȘncia o que me falta de velocidade e resistĂȘncia. Para tudo existe uma compensação, creio!

E pensando nisso, lembrei-me de partilhar estas imagens tĂŁo bonitas de Jonathan Frantini, que descobri hĂĄ uns tempos atravĂ©s do Peixe CrĂș.

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The games are over. But the Olympics seem to continue on this side.

I've never been good with any physical activity. But I like to swim and run and dance and I can my feet with my hands without any effort. I have flexibility and resilience for the lack of speed and endurance. There's a compensation
for everything, I believe!

And thinking about it, I remembered to share these oh-so-beautiful images taken by
Jonathan Frantini, that I discovered some time ago through Peixe CrĂș.

Mulheres

On
October 16, 2012



{Mulheres de Bucos, via Saber Fazer}

As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmÔes
E muitas transformam-se em ĂĄrvores cheias de ninhos – digo,
As mulheres – ainda que as casas apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pĂĄssaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em årvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos – no pescoço das mĂŁes – ainda que as ĂĄrvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas pÔem a mesa
Ao redor do coração.
Daniel Faria in "Homens Que SĂŁo Como Lugares Mal Situados" (1998)

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Women vacuum home into the lungs
And many become in trees full of nests
I say,
Women - even though the houses have sloping roofs
To the weight of the birds that take shelter.
Is at the window of the children that women breathe
Sitting on the steps watching them and many
Turn into stairs
Many women turn into landscapes
In
trees full of children that hang climbing
In branches in the neck of mothers even if the trees radiate
Full of
braird
Women vacuum to the inside
And generate continuously. 
Transform themselves into orchards.
They tidy up the house
They set the table
Around the heart. 

Daniel Faria in "Men Who Are Like Misplaced Spots" (1998)

Pensamientras

On
October 16, 2012

The wisdom of the heart

On
October 12, 2012

Tenho pensado sobre a importĂąncia de dançar e mais tarde voltarei a falar da Biodanza e daquilo que tenho aprendido e recebido atravĂ©s dela, mas por agora, falarei apenas sobre dançar, sem nenhum tipo de fronteira ou definição ou mĂ©todo. 

Tal como Henry Miller fala no seu livro "The Wisdom of the Heart" (podem encontrar mais informação neste post incrĂ­vel), viver Ă© ritmo, Ă© balanço, metamorfose. E dançar Ă© a expressĂŁo da vida. Eu acredito absolutamente nisto! É entregar os pontos todos. É rendição total e incondicional... É Amor!

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I've been thinking about the importance of dancing and I will tell you later about Biodance and what I have learned and received through it, but for now, I'll just talk a bit about dancing, without any boundary or definition or method.

As Henry Miller says in his book "The Wisdom of the Heart" (you can find more information on this incredible post), life is rhythm, is balance, metamorphosis. And dance is the expression of life. I absolutely believe in this! It's like give away all the winnings. It is total and unconditional surrender ... It's Love!

The Portrait ID

On
October 09, 2012


Num momento em que tem estado tĂŁo presente em mim a necessidade de identificar as minhas heranças sociais e familiares. O meu legado pessoal – um acervo de formas de ser que fui adquirindo atravĂ©s das pessoas com quem cresci. Encontrei este projecto tĂŁo bonito que recupera precisamente essa essĂȘncia do passado, do que todos nĂłs jĂĄ fomos e somos, ainda que de uma forma inconsciente.

(a fotografia em cima, Ă© da minha famĂ­lia, no final dos anos 50)

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In a moment that has been so present in me the need to identify my social and family heritages. My personal legacy - a collection of ways of being that I acquired through the people I grew up with. I found this project so beautiful that recovers precisely that essence of the past, what we've all been, and still are, even if in an unconscious way.

(the photo above is of my family, in the late '50s)

Feitos de mar

On
October 08, 2012

On Love

On
October 06, 2012
Estas reflexÔes ilustradas de Susan Sontag são tão belas que até emocionam.
Para saber mais, vão até aqui.

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This illustrated reflections from Susan Sontag are so beautiful that make me feel emotional.
To know more, go here.

Setembro

On
October 02, 2012

{photos by Pedro Capela

De sonhos se vive, quase como se fossem um pedaço de nuvem doce que comemos enquanto vemos tudo o resto acontecer. De sonhos se vive. 
Aprendi durante o OĂĄsis Training na Amadora! 

(para saberem mais, vĂŁo atĂ© aqui ler o artigo que escrevi para a newsletter do Instituto Elos :)) 

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Of dreams we can live, almost like a piece of candy cloud we eat while we watch everything else happen. Of dreams we can live. 
I learned during the Oasis Training in Amadora! 

(to find out more, go here to read the article I wrote for the Instituto Elos newsletter :))

Para fazer

On
October 01, 2012


Mais uma vez adiei os bordados. Mas cada vez que vejo uma coisa assim, dĂĄ-me uma vontade de voltar a eles...

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One again I postpone the embroidery. But each time I see something like this gives a big urge to get to it again...

Para cada queda...

On
October 01, 2012


Sobre as quedas que às vezes damos, ou os muros que se levantam, ou todos os buracos que nos fazem tropeçar, impulsionando-nos naturalmente para frente, com as mãos a defender-nos do chão e de tudo o mais que possa estar na estrada. Para cada queda hå um levantar. E porque todos jå caímos pelo menos uma ou duas vezes na vida, sabemos que, apesar das lågrimas e nódos negras na pele, o nosso corpo recupera-se, a nossa mente esquece e o nosso espírito consegue rir do que passou porque fica mais forte.

Eu caĂ­ – nĂŁo hĂĄ muito tempo. E ainda estou nesse lento processo de levantar-me sem tropeçar novamente sobre mim mesma. Mas quando me vejo ao espelho, Vejo-me! O meu cabelo parece fogo, tem vida e saber prĂłprios. O meu cabelo Ă© movimento. Eu sou movimento. EntĂŁo respiro fundo e Vou, porque o caminho estĂĄ cheio de estrelas.

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About the falls that sometimes we have, or the walls that rise up, or all the holes that make us stumble, naturally pushing us forward, with our hands defending us from the floor and everything else that might be on the road. For each fall there is a stand up. And because everyone has fallen at least once or twice in life, we know that despite the tears and bruises on the skin, our body recovers, our mind forgets and our spirit can laugh of what happened because it gets stronger.

I fell not so long ago. And I'm still in that slow process of getting up again without tripping over myself. But when I see my image in the mirror, I See Me! My hair looks like fire, with life and wisdom of itself. My hair is movement. I'm movement. So I take a deep breath and I Go, because the path is full of stars.