# Dia 216

Faltava este, mas... resolvi a situação com um click.
Mais um presente para mim mesma.

*feliz*

{design de Caroline Robert}

# Dia 215

Já tinha saudades de ouvir cantar em português de Portugal, por isso resolvi oferecer este presente a mim mesma.

{No sábado estávamos a ver um documentário sobre o pão e achei muito interessante ouvir uma antropóloga falar da relação do pão com a emigração e dizer que quando estamos longe do nosso país a nossa identidade se amplia.

Cá estou a ouvir Carminho durante todo o dia e a cozinhar bacalhau como se não houvesse amanhã, para comprovar esta teoria... hoje até comprei um saquinho de castanhas – castanhas portuguesas, para os brasileiros. Ai-ai-ai!}

Justine Ellis

Justine Ellis via print & pattern

Simulações

Sara Cwynar via Emmanuel Chaussade

# Dia 214

Praia e rabanadas.

Rabanadas:

- Cerca de meio litro de Leite
- 4 ovos
- raspa de um limão
- açucar
- canela
- pão de forma
- óleo para fritar

Partir os ovos para uma tijela. Colocar o leite, com açucar, canela e raspa de limão numa outra tigela. Embeber as fatias de pão pelo leite. Passá-las de seguida pelo o ovo e fritá-las no óleo quente. Quando arrefecem, um pouco envolvem-se em açucar e canela. (eu gosto de comê-las quentes ainda).

# Dia 213

{bacalhau de forno "tremidinho", feito pela Berta, fotografado pelo Leandro}

{via Ana Ventura}

Almoço em casa da Natasha.

# Dia 212

6ª feira, dia 24 de Dezembro, véspera de Natal.

O primeiro Natal fora de casa causou-me mais estranheza do que tristeza.
Falei por vídeo-conferência com ambas as famílias. Senti saudades deles e das nossas rotinas juntos. Mas aqui em Santos fui bem recebida e acolhida.
Fiz um Bacalhau com Natas, o Leandro fez biscoitos, a Val um Leite Creme, e foi um óptimo jantar de amigos.

1000 poemas

Encheram um jardim com mil envelopes brancos.
No interior, poesias escritas especialmente para o momento, por poetas que participavam do Festival de Poesia, 2010 Poetas por km2, na La Casa de América de Madrid.

Os envelopes estiveram presos nas árvores durante 3 dias.
Esta instalação do colectivo Luz Interruptus pretendia fazer as pessoas olharem para trás, de forma nostálgica, até a uma época em que as palavras viajavam assim.

Para mim, há poucas coisas que me deixem mais feliz do que receber um postal ou uma carta.
Adorei esta intervenção.

{via fubiz}

Um novo vício.

As fotografias lindas da Joana.

Sobre viver

“Unbeing dead isn’t being alive”
- E.E. Cummings

{via la douleur exquise}

{E é por isso que vos digo: o próximo ano vai ser espectacular!!!}

# Dia 211

Banquete da Ariane e da Silvana.
Muitas mulheres à mesa e muito boa energia.

Tortilha no forno:
- camada de batata ligeiramente cozida;
- camada de espinafres cozidos;
- camada de queijo parmesão;
- temperos a gosto;
- ovo a cobrir os restantes ingredientes;
- mozarella;
- e vai ao forno até o ovo cozinhar e a tortilha ficar dourada.

...

A seguir falámos sobre sonhos (era a tarefa do advento).

Aqui no Elos, cuidamos de identificar os talentos das pessoas e descobrir quais os seus sonho. Mas, qual é o nosso sonho pessoal para o ano que vem e o que vamos fazer para alcançá-lo?!

(e vocês que me lêem, têm um sonho que queiram muito realizar no ano que vem? o que podem começar a fazer para chegar até ele? quem vos pode ajudar?)

Eu tenho uma meta — que talvez não seja um sonho. Encontrar trabalho no máximo de 3 meses, ou seja, encontrar trabalho até meados de Junho (3 meses depois de regressar a casa). É uma mistura de necessidade com desejo. Vou dedicar-me a isso afincadamente.

...

Depois do momento de conversa, fizemos o "inimigo secreto"... E o que é o inimigo secreto?!

Então, estas são as regras do jogo:
Começamos por fazer o amigo secreto normal, ou seja, através de sorteio ficamos a saber qual a pessoa que nos calhou. Falamos sobre a pessoa e identificamos as suas qualidades até o grupo advinhar de quem se trata. Num segundo sorteio podemos, na nossa vez, trocar o presente que nos calhou, ficar com ele ou trocar o presente de outras duas pessoas.
O mesmo presente pode rodar 3 vezes.

Foi muito divertido e consegui recuperar o meu presente inicial, que na segunda rodada tinha perdido. Tive um final feliz.

...

Desejo que os vossos próximos dias (e vida) sejam tudo aquilo que querem, precisam e imaginam.

# Dia 210

4ª feira.
Recta final para o Guerreiros Sem Armas.
É Natal.
E eu mudo de casa daqui a uma semana e meia.

Ando num pique de adrenalina imenso. Mas, quanto mais stress, mais energia e também mais produção. É um ciclo estranho. Mas acho que gosto de ter coisas para fazer. Muitas. Até ao mesmo tempo. Lido bem com este ritmo desde que, no meio disso, tenha alguns momentos para mim mesma (como estes), em que posso dedicar-me a uma tarefa do príncipio ao fim. Desde que saiba que depois de um determinado perído de tempo vou poder ter férias. Desde que, apesar do caos, não sinta necessidade de ter 4 mãos e mais um cérebro.

Porque não consigo estar em todo o lado ao mesmo tempo sinto que é tudo uma questão de equílibro. Tirar de um lado para colocar noutro.
Não é possível ignorar as responsabilidades, mas também não vou, de jeito algum, abdicar de fazer aquilo que me importa, deixar de cuidar de mim mesma, ou das pessoas de quem gosto.

{a fotografia em cima é do embrulho que fiz para o meu "inimigo secreto"... explico no post de dia 211}

Segunda parte

Como diz a Val: "De dia salvamos o mundo. De noite dançamos até cair."
Assim foi.
Depois de um dia de trabalho que acabou às 19h30, lá fomos nós para o Sesc ver a poderosa Maria Rita.

A Silvana, mãe da Ariane disse-me antes de entrarmos: "ah, você até é parecida com ela".
E eu só pude ficar muitíssimo agradecida.
Quem me dera ter aquela força toda, inesgotável, que vem sabe-se lá de onde.
Ela é incrível...
Dança. Tem uma voz extraordinária. E uma alma imensa, que ocupa o palco, transborda, vem para nós.

Também dancei e cantei. Com as costas molhadas, o cabelo colado à nuca, o calor indescrítivel...
Foi maravilhoso!

# Dia 209

Hoje foi dia de reunião de equipa e, para além disso, as camisetas dos Guerreiros chegaram. (Uhu!!!)

{O tarefa do advento era tirar uma foto de grupo. Faltaram algumas pessoas, mas, ainda assim, prova superada!}

# Dia 208

O Caderno do Participante — mais um filhotinho — foi para a gráfica.
Ai-ai...

De volta dos bordados

No fim-de-semana tentei bordar um pouco, mas entretanto perdi a única agulha que tinha e tive que desistir.

Quando voltar a Lisboa vou pegar no meu livrinho de pontos e resgatar esse passa-tempo, que tem estado adormecido.

{quando era criança costumava bordar bastante, tanto, que quando dava por isso, já tinha bordado também a saia...}

{Kristina di Enes, via stitchgasm!}

# Dia 207

Um dia dedicado ao Natal.

{E este foi o presente de Natal que ofereci a mim mesma.}

# Dia 206

Sábado, depois de um maravilho pequeno-almoço, saí e fui até ao centro de Santos.

Fiquei maravilhada com a quantidade de lojas específicas que existem aqui. Lojas só de produtos de festa, lojas só de plásticos, lojas só de essências... adoro isso, essa dedicação de um espaço a um determinado tipo de produto.

Ah, e tive uma das experiências culturais mais marcantes desde que aqui estou: passei por um show "de grátis", em plena Praça Mauá, com músicas religiosas animadas. Não sei exactamente como é que se chamava a banda, mas tinham grandes bandeiras azuis a dizer "Jesus".

...

Ao final do dia, quando estava a voltar para casa, olhei para a praia e deparei-me com Aquele céu laranja. Lindo!
Fui a correr buscar a máquina fotográfica a casa e voltei a correr para a praia, mas já não consegui fotografar a incrível visão anterior. O sol foi mais rápido do que eu.

Nada é impossível de mudar

"Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar."

– Bertolt Brecht –

{no facebook da Mari Fellipe}

Contadora de histórias

{Michelle Thompson, via Gasp!365}

# Dia 205

Ontem à noite fomos jantar a um restaurante japonês em São Vicente (uma cidade que fica ao lado de Santos).
Este restaurante tem a particularidade de ser dentro de um clube (clube recreativo/ clube de futebol?! não sei bem) e de só funcionar à sexta-feira.

A comida é simplesmente maravilhosa, caseirinha e muito mais barata do que em qualquer restaurante japonês onde tenha comido.

{Tenho pena de não ter tirado fotografias à cozinha, que é completamente aberta (como nas cantinas da escola).}

...

A fotografia em cima foi tirada em Tóquio, na Tóquio Tower, com a máquina fotográfica do meu telemóvel, que é bastante básico, numa época em que ainda não tinha mais nenhuma máquina fotográfica digital para além dessa (entretanto dei-lhe uns toques no photoshop).

Fomos em Setembro e estava bastante calor, mas lembro-me que nesse dia choveu muito e tinha havido uma ameaça de tufão. Quando perguntámos num café sobre essa previsão, responderam-nos com um sorriso extremamente amável e quase feliz: "ye ye ye... typhoon!!!"
Depois disso, se bem me lembro, fomos a um bar de Karaoke e divertimo-nos muito a cantar hits dos anos 80 e 90 e a ver japonesinhos alcoolizados.
Apanhámos uma grande molha. Mas o tufão resumiu-se a isso.

Não tenho a certeza do que vou dizer – as minhas companheiras de viagem poderão corrigir-me – mas creio que esta foi a nossa penúltima noite no Japão.

# Dia 204

{via honey pie!}

É Natal! É Natal!

Aqui em Santos os prédios estão quase todos cheios de luzinhas amarelas pequeninas (a minha decoração preferida).
(Alguns são mais arrojados e têm leds a dizer Feliz Natal (tipo red light district, mas em versão natalícia, ou natalina)).

A Av. Paulista, em São Paulo tem as árvores cobertas de luzes vermelhas, azuis e amarelas, o que me remete bastante para uma rave party sem música, mas muita pastilha...
O que se passa na cabeça de quem escolhe estas decorações e mata os passarinhos de susto e insónia é algo que me intriga.

Os centros comerciais estão decorados com passadeiras vermelhas decoradas com flocos de neve a fingir e pais natais eléctricos que se mexem.

Aqui estão mais de 20º.
E nestas minhas reflexões, preocupo-me com o pobre Pai Natal que vem do frio da Lapónia sem qualquer preparação ou havaianas que o ajudem a suportar o calor.

O Natal tem sempre algo de excessivo e megalómano. Não só naquilo que é decorativo e acessório, mas também no que diz respeito às expectativas, aos egos e aos comportamentos. Alcool, vontade de agradar, vontade de ser surpreendente. Desapontamento por não receber o que se quer ou não ter dado o que era esperado. Desentendimento por causa de um perfume ou de um livro.
Não é igual em todas as casas. Eu tenho três para poder confirmar isso. A do meu pai, a da minha mãe e ainda a minha.
Na minha casa aquilo que eu gosto e quero que parmaneça é a troca. Porque isso é o que me entusiasma verdadeiramente no Natal. Troca de presentes, sim. Mas sobretudo troca de afectos. Cada um traz uma comida. Cada um contribui com uma coisa. Cada um dá um bocadinho de si mesmo. Aquilo que tiver e quiser dar.

...

Ontem foi a festa de Natal do Elos. Não oferecemos presentes a ninguém. Mas partilhámos tempo e espaço, que são também coisas muito valiosas.

Lugares esquecidos

{via little alien is in, via raparigas como nós}

# Dia 203

Nesta época sinto que é como se todas as reflexões que fiz durante o ano tomassem forma.

Olho-me de fora. Olho a vida de fora. E tenho a sensação de que andamos todos a correr como galinhas sem cabeça.

Sou uma pessoa.
Naturalmente, tenho expectativas e sonhos.
Mas as minhas necessidades, quando colocadas em perspectiva, são simples.

Então este ano quero focar-me em fazer pedidos concretos a mim mesma. E mais do que viver com a culpa de adiar aquilo que quero para mim, ou de fazer com que as minhas decisões estejam dependentes de outros, quero fazer pequenas coisas que me animem e dêem prazer. Filtrar os meus grandes sonhos. Dividi-los em pequenos passos. Questionar-me sobre o que é que está realmente na essência desses desejos. E construir caminhos à medida que for andando.

...

Neste momento, queria muito estar em Lisboa (ainda que com frio)... tenho tantas saudades da minha casa, do meu sofá, da minha cama, das minhas rotinazinhas. Queria estar com a minha família nestes próximos dias... E essa vontade não poderei certamente concretizar. Mas ouço a voz da minha mãe a dizer-me: "Levanta a cabeça! Amanhã é outro dia e isso passa." Por isso, este fim-de-semana vou tentar colocar essa vontade de lado e fazer apenas as coisas que me apetece fazer: pintar, ver filmes, fazer presentes de natal e descansar. Não tenho um fim-de-semana assim há muuuiiito tempo. E só vou voltar a ter outro igual no dia 18 de Fevereiro.

...

Arroz Doce (um desejo que posso realizar):

{Para cerca de 4 a 6 pessoas}

250 ml de água
80 g de arroz carolino
Raspa de limão
Uma pitada de sal
1 l de leite gordo
4 gemas
200 g de açúcar

Canela moída para polvilhar

Misturar o arroz, a água, a raspa de limão e o sal e levar ao lume deixando ferver lentamente até que toda a água se tenha evaporado.
Adicionar o leite e deixar ferver lentamente até que o arroz esteja completamente cozido.
Misturar as gemas com o açúcar e juntar ao leite, fora do lume, mexendo bem.
Levar novamente ao lume até que as gemas cozam (não deixar ferver).
Retirar do lume e deitar o arroz-doce num prato fundo.
Deixar arrefecer completamente e servir polvilhado com canela moída.

{via flagrante delícia}

Dar.

"Só sabemos, seguramente, de uma amizade ou de um amor: o que temos pelos outros. De que os outros nos amem nunca poderemos estar certos. E é por isso talvez que a grande amizade e o grande amor são aqueles que dão sem pedir, que fazem e não esperam ser feitos; que são sempre voz activa, não passiva"

Agostinho da Silva
Sete Cartas a um Jovem Filósofo [1945]
in Textos e Ensaios Filosóficos I, p. 267.

onde encontrei: facebook de Paulo Borges

# Dia 202

Nos últimos dias tenho andado de volta das capas para os guias do participante Guerreiros Sem Armas. Cada guia será de uma cor. E estes são alguns dos fundos que fiz (são 5 cadernos). São densos e preenchidos, eu sei. Mas a minha ideia de interior é mais minimalista. Achei interessante explorar esse contraste.

{Cada uma destas ilustrações está relacionado com a temática que aborda. Mitos e Elementos; Metodologia; Sementes.}

# Dia 201

via ignant

A pensar e a executar... pouco tempo, mas muita inspiração.

Finalmente verão!

{mociun via shiny squirrel}

E uma chuva que inunda a calçada, os sapatos e o quarto.