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Nestes últimos dois dias, ainda que durante pouca horas, tive a primeira percepção prática do que é Comunicação-Não -Violenta, com a Flávia Fassi, uma psicóloga e educadora que trabalha nesta área.
Comunicação-Não-Violenta é um processo em que mediamos conflitos, pessoais ou com os outros, através da análise das nossas necessidades.
Na sexta-feira, assisti à palestra no SESC (por isso, este dia 198 será uma espécie de 2 em 1), e no sábado, eu, a Emi, a Val e a Flávia, fizemos uma sessão de grupo no Elos, só as quatro, para falarmos mais profundamente e pessoalmente sobre o tema.
Primeiro, falámos sobre algo que nos está a incomodar neste momento. Depois detectámos qual a necessidade que nos leva a sentir assim. A seguir, recuámos no tempo até encontrarmos um lugar na nossa memória onde essa necessidade já teve oportunidade de ser resolvida.
...
Descobrir qual é a nossa necessidade é de facto a coisa mais difícil. Depois disso, fica tudo muito mais simples.
Sei que parece um pouco estranho, mas a verdade é que o nosso vocabulário de sentimentos não é assim tão vasto e nem sempre temos facilidade em expressá-los, o que torna a conecção com os outros e connosco mesmos muito mais complicada. Quando nos perguntam como nos sentimos, deambulamos apenas, no máximo, entre uns 3 ou 4 sentimentos. "Tenho raiva", "estou confuso", "estou triste ou alegre." E o que é que isso significa realmente?! Sabemos?!
Ontem quando falei com a Emi e com a Val, elas ajudaram-me a entender que, na situação em questão, as minhas necessidades eram 3 ao mesmo tempo: apreciação (demonstrar apreciação pelos outros e necessidade de receber apreciação), justiça e clareza. Percebi também que estas 3 necessidades são, de facto, extremamente importantes para mim, sempre. Repetem-se em vários momentos e contextos. E trazem-me sempre muita frustração e angústia quando não estão a ser resolvidas.
Mas, acho que uma das coisas mais importantes que aprendi, para além disso, foi que não preciso de resolver as 3 ao mesmo tempo e não preciso de me sentir fraca por demonstrar apreciação em momentos em que as situações não são claras ou justas. Preciso sim, de saber aprender a lidar com uma de cada vez.
Conheci a Val e a Comunicação-Não-Violenta no mesmo momento e ambas trouxeram uma leveza muito maior à minha vida.
Espero que o grupo de práticas continue...
Nestes últimos dois dias, ainda que durante pouca horas, tive a primeira percepção prática do que é Comunicação-Não -Violenta, com a Flávia Fassi, uma psicóloga e educadora que trabalha nesta área.
Comunicação-Não-Violenta é um processo em que mediamos conflitos, pessoais ou com os outros, através da análise das nossas necessidades.
Na sexta-feira, assisti à palestra no SESC (por isso, este dia 198 será uma espécie de 2 em 1), e no sábado, eu, a Emi, a Val e a Flávia, fizemos uma sessão de grupo no Elos, só as quatro, para falarmos mais profundamente e pessoalmente sobre o tema.
Primeiro, falámos sobre algo que nos está a incomodar neste momento. Depois detectámos qual a necessidade que nos leva a sentir assim. A seguir, recuámos no tempo até encontrarmos um lugar na nossa memória onde essa necessidade já teve oportunidade de ser resolvida.
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Descobrir qual é a nossa necessidade é de facto a coisa mais difícil. Depois disso, fica tudo muito mais simples.
Sei que parece um pouco estranho, mas a verdade é que o nosso vocabulário de sentimentos não é assim tão vasto e nem sempre temos facilidade em expressá-los, o que torna a conecção com os outros e connosco mesmos muito mais complicada. Quando nos perguntam como nos sentimos, deambulamos apenas, no máximo, entre uns 3 ou 4 sentimentos. "Tenho raiva", "estou confuso", "estou triste ou alegre." E o que é que isso significa realmente?! Sabemos?!
Ontem quando falei com a Emi e com a Val, elas ajudaram-me a entender que, na situação em questão, as minhas necessidades eram 3 ao mesmo tempo: apreciação (demonstrar apreciação pelos outros e necessidade de receber apreciação), justiça e clareza. Percebi também que estas 3 necessidades são, de facto, extremamente importantes para mim, sempre. Repetem-se em vários momentos e contextos. E trazem-me sempre muita frustração e angústia quando não estão a ser resolvidas.
Mas, acho que uma das coisas mais importantes que aprendi, para além disso, foi que não preciso de resolver as 3 ao mesmo tempo e não preciso de me sentir fraca por demonstrar apreciação em momentos em que as situações não são claras ou justas. Preciso sim, de saber aprender a lidar com uma de cada vez.
Conheci a Val e a Comunicação-Não-Violenta no mesmo momento e ambas trouxeram uma leveza muito maior à minha vida.
Espero que o grupo de práticas continue...
Por vezes o difícil é reconhecer as oportunidades e deixar de resistir às mudanças.
ReplyDeleteSim, sem dúvida.
ReplyDeleteResistir à mudança tem a ver com uma necessidade de segurança. Fazer escolhas, tomar decisões, é uma coisa arriscada. Uma oportunidade pode sempre revelar-se uma coisa menos boa no futuro... mas a mim ajuda-me ter em mente que as coisas não são irreversíveis e que posso voltar a trás ou escolher outro caminho.