the hands show the way of the heart

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Santos III

On
June 30, 2011

Espero que não se importem de que ande para trás e para a frente no tempo.
É um pouco como naqueles filmes que transitam entre o passado e o futuro para explicar o presente, que na verdade é o passado ou o futuro ou nem sequer tem tempo. 
Eu gosto que as coisas sejam assim, sem tempo. Acho interessante esse recuar e avançar, porque é assim que a minha cabeça às vezes funciona, dois passos atrás para poder dar um para a frente, dois passos para a frente para afinal perceber que andei depressa demais e que tenho mesmo que voltar atrás.

Estas fotografias dos Santos foram as primeiras que tirei, com a minha primeira máquina fotográfica, que tenho desde os 8 anos de idade e de que já falei aqui.

Não sei se é do rolo (filme, em português do brasil) ou da velhice da maquineta, mas as fotografias ficaram bastante saturadas e com grão, coisa que me alegrou bastante.

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I hope you don't mind that I go back and forth in time.
It's a bit like those films that move between past and future to explain the present, which is actually the past or the future or don't even have time at all. 
I like things to be like that, without time. I find it interesting that movement of back and forth, because that's how my mind works sometimes, two steps back in order to give a step forward, two steps forward to finally realize that I walked too fast and that I really have to go back.

These photographs of the Santos (the celebration of Saint Anthony here in Lisbon) were the first I took with my first camera, I had since I was 8 years old and that I've talked about before in 
here.

I don't know if it's because of the photographic film or because of the old age of the camera, but the pictures were quite saturated and grainy, which made me really glad.

2 homens e muitas agulhas

On
June 30, 2011

Arne & Carlos, a dupla de designers norueguês/ sueca mistura padrões tradicionais com figuras andróides bastante cómicos que me lembram os anos 80 e algumas revistas de tricot que a minha mãe tinha lá por casa.

Descobri ontem o trabalho deles através da Ovelha Negra e adorei! Mas... tudo o que consegue recuperar a tradição (e aquilo que parece já perdido), juntando técnicas, recursos e ideias dos tempos modernos, me inspira e fascina.


Arne & Carlos, the Norwegian/ Swedish designer duo blend traditional patterns with androids quite comical figures that remind me of the 80's and some knitting magazines that my mother had at home in those days.

I discovered their work yesterday through the site Ovelha Negra and I loved it! But... all that can recover tradition (and what seems to have been lost), joining techniques, resources and ideas of modern times, inspires and fascinates me .

José e Pilar

On
June 30, 2011

"A Pilar que ainda não tinha nascido e tanto tardou a chegar."

Hoje à noite saí de casa com a minha mantinha de sofá e lá fui para o cinema ao ar livre assistir a este belíssimo filme. A história de amor de José e Pilar é como todas as histórias de amor: única e absolutamente apaixonante. Estes são dois Seres Humanos tão fortes, tão cheios de amor um pelo outro, pela vida um do outro que me era impossível não trazer deste filme um prazer enorme por o ter visto.

É bom ver que aquilo que idealizo se realiza... ainda que fora de mim.

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"To Pillar who was not yet born and so much time took to come."

Tonight I left home with my couch blanket and I went to an outdoor cinema to watch this beautiful  film. The love story of José and Pilar is like all love stories, unique and absolutely fascinating. These are two Human Beings so strong, so full of love for each other, by each others lives that it was impossible not to bring of this film the enormous pleasure to have seen it.

Good to see that what I idealize comes true ... even if out of me.

Almograve

On
June 27, 2011

Aldeias de Portugal

On
June 27, 2011

{via aldeias de Portugal}

"Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
... com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

..."

Poema: Antônio Gedeão
Foto: Rui Pires

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"My village is the whole world.
The whole world belongs to me.
Here I found myself and get confused
... with people from all over the world
that belongs to the all world.

The sun shines in my village
with various slopes.
New angle, new idea;
other degrees, other reasons.
That men of my village
are hundreds of millions.

... "

Poem: Anthony Gideon
Photo: Rui Pires

Anatomia do ser

On
June 25, 2011

Animais e pessoas

On
June 25, 2011

Interessantes colagens pela portuguesa Margarida Girão, via Colher.

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Interesting  collage work by the portuguese Margarida Girão, via Colher.

Helen Rödel

On
June 24, 2011


E as suas incríveis criações em crochet.

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And her amazing creations in crochet.

Miles apart

On
June 24, 2011

Adoro o conceito deste blog. Acho uma ideia maravilhosa que duas amigas se possam corresponder a partir de um meio virtual e que possam partilhar a sua amizade com o mundo de uma forma tão bonita e estéticamente tão semelhante.

Sempre achei interessante como as rotinas de todos nós – cozinhar, decorar a casa, estar com a família e com os amigos, apanhar sol, trabalhar – podem ser tão poéticas quando colocadas num blog... é como se deixassem de ser rotinas. Ganham interesse, fascínio. Tornam-se quase objectos vivos. Acho isso bom!

Não acredito que a vida possa ser enfadonha, independentemente de todas as mínimas coisinhas que repetimos sempre, primeiro porque existe uma incapacidade humana de repetir seja o que for da mesma forma e depois porque, pelo menos para mim, a repetição têm o seu encanto :)

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I love the concept of this blog. I think that it's a wonderful idea that two friends may correspond from a virtual environment and that they share their friendship with the world in such a beautiful and aesthetically so similar way.

Always found it interesting how the routines of all of us - cooking, decorating the house, be with family and friends, sunbathing, work - can be so poetic when placed on a blog... it's as if they stop being routines. They earn interest, fascination. Become almost alive objects. I think that's good!

I don't believe that life can be boring, regardless of all the little things that we always repeat, because first exists a human inability to repeat something in the same way and then because, at least for me, the repetition has its charm :)

On the other side, a strange place awaits

On
June 23, 2011


Durante toda a minha vida cresci a ouvir o meu pai dizer-me frases, citações, de que gostava e que transpunha para a sua vida... e para a minha. Muitas vezes essas frases foram como respirar 7 vezes antes de tomar uma decisão, outras vezes só me fizeram ter ainda mais inquietações.

Hoje, aquela que não me sai da cabeça: "o caminho faz-se caminhando."
E lá vou eu, com ansiedade, mas também com muita determinação porque, só com fé no caminho é que se consegue chegar a um maravilhoso lugar estranho.

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Throughout my all life I grew up hearing my father telling me phrases, quotations, that he liked and carried to his life... and to mine. Often these phrases have been like breathing seven times before taking a decision, other times just made ​​me feel even more unquiet.

Today, the one that is stick in my head: "the road is made ​​while walking."
And here I go, with anxiety, but also with great determination because it is only with faith in the road that you can get to a wonderful strange place.

After all the flames...

On
June 23, 2011


Preciso das tranquilas cinzas.

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I need the quiet ashes.

Things that matter

On
June 22, 2011

This guy, Phillip Toledano, is so incredibly inspiring. I just love his work about his father. And I feel that... is so real you know?! I always liked old people and I also think that goodbyes can be a beautiful thing. Specially when one captures it in such an amazing and loving way.

"So we’re all in this world talking to ourselves and it’s naïve. But part of me feels as though it would be nice if art makes things better for people, for the world in some way, if it shows them something that is possible.

... saying goodbye can be a really extraordinary beautiful thing. We realize that we have to say goodbye to our parents at some point, but it can be a really beautiful experience if you look at it that way. And that, if you show it to other people, it’s giving people something useful in a way. And I guess I would hope that my work would be useful to people in some way, as well as to myself.

... if I can do art that changes people over time, shows them something for a second or a minute, changes their mind about something, that would be really worthwhile.

... I could just be f*cking talking to myself. I mean that’s the thing that you don’t know. Am I just bullshitting? Am I just drinking my own urine and telling myself it’s the finest red wine available? I have no idea. You know what I mean? You don’t know. You just hope that you make stuff that matters, firstly to yourself and secondly to other people."

{interview via 99% Behance}

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Esta pessoa, Phillip Toledano, é tão incrivelmente inspirador. Eu adoro o trabalho dele sobre o pai. E eu sinto que... é tão real!!!
Sempre gostei de pessoas velhinhas e também acho que o adeus pode ser uma coisa bonita. Especialmente quando alguém consegue capturá-lo de uma forma tão surpreendente e cheia de amor.

"Então, nós estamos todos neste mundo a falar para nós mesmos e é ingênuo. Mas parte de mim sente como é bom se a arte torna as coisas melhores para as pessoas, para o mundo de alguma forma, se consegue mostrar-lhes algo que é possível .

... dizer adeus pode ser uma coisa realmente extraordinária bonita. Percebemos que temos de dizer adeus aos nossos pais, em algum momento, mas pode ser uma experiência muito bonita, se olharmos para isso dessa forma. E que, se mostrarmos isso a outras pessoas, estamos a dar-lhes algo útil de alguma forma. E eu acho que espero que o meu trabalho seja útil para as pessoas de alguma forma, bem como para mim mesmo.

... se eu posso fazer arte que muda as pessoas ao longo do tempo, mostra-lhes algo por um segundo ou um minuto, mudar a forma de pensar delas sobre algo, isso será realmente algo que vale a pena.

... Eu poderia estar apenas a falar sozinho. Quero dizer, isso é uma coisa que não sabes. Eu estou apenas a dizer disparates? Estou apenas a beber a minha própria urina e a dizer a mim mesmo que é o melhor vinho tinto disponível? Eu não tenho ideia. Entendes o que eu quero dizer? Não sabemos. Apenas esperamos fazer coisas que importem, em primeiro lugar a nós mesmo e em segundo lugar a outras pessoas."

{Entrevista via 99% Behance}

1994

On
June 22, 2011

Em 1994 fui a primeira vez a Londres. Tinha 12 anos. E levei a minha primeira máquina fotográfica, que tinha desde os 8.

Achei no outro dia estas fotografias e fiquei a pensar que hoje em dia nunca teria sido capaz de fazer uns enquadramentos destes... sendo bonitos ou feios, foram feitos sem medos. Acho que quando temos menos de 15 anos a nossa estética está muito menos comprometida ou condicionada por aquilo que os outros vão dizer ou pensar. Achei isso interessante! Talvez porque hoje em dia também me sinto bastante mais aberta e limpa do que era há uns anos atrás... naqueles anos em que não sabemos bem o que somos ou aquilo de que gostamos.

É um caminho estranho e sempre incompleto, cheio de influências e preconceitos. E em permanente mudança. Essa acaba por ser a única verdade.

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In 1994 I went for the first time to London. I was 12 years old. And I took with me my first camera, which I had since I was 8 years old.

I found these pictures the other day and I was thinking that today I would never have been able to do some of these frames... being beautiful or ugly, they were made without fear. I think when we have less than 15 years old our aesthetic is much less affected or conditioned by what others say or think. I found it interesting! Perhaps because today I also feel that my mind is much more open and clean than it was a few years ago... those years when we're not sure of who we are or what we like.

It's a strange path and always incomplete, full of influences and prejudices. And constantly changing. This turns out to be the only truth.

Santos II

On
June 19, 2011

Arraiais e manjericos.

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Street parties and manjericos (little basil plant).

Santos I

On
June 19, 2011

Dancei. Dancei muito. Como se o mundo e o tempo tivessem parado à minha volta e só eu estivesse em movimento, rodeada de pessoas que não se lembrariam da minha cara quando a terra voltasse a girar.

Viver é confuso. É sujo. Ruidoso.

Fui pisada, levei com cerveja em cima, entrei num comboio com gente que não conhecia. Amigos temporários com quem não me precisei de trocar palavras. Bastaram gestos.

Eu gosto dos Santos porque me lembram quem sou. E entre muitas outras coisas, eu sou uma portuguesa de Lisboa que se encanta por manjericos e bailaricos e ponchas de maracujá.

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I danced. I danced a lot. As if time and the world around me had stopped and as if I were the only thing in motion, surrounded by people who will not remember my face when the earth started turning.

Living is messy. It's dirty. Noisy.

I was stepped on, took over with beer, I boarded on a train with people I never met. Temporary friends with whom I do not need to exchange words. Gestures were enough.

I like to celebrate the Popular Saints (a popular party here in Portugal) because they remind me who I am. And among many other things, I'm a Portuguese from Lisbon that is captivated by dances and  manjericos (little basil plant) and passion fruit punches.

Pão

On
June 17, 2011


A arte de fazer pão. Lindíssimo.

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The art of making bread. Extremely beautiful.

{via aldeias de portugal}

Um corpo de algodão doce

On
June 16, 2011


{A cotton candy body}

Mujô

On
June 16, 2011

Incrível trabalho de ilustração de Simon Prades e o discurso de Haruki Murakami na cerimónia de entrega do Prémio Internacional da Catalunha:

"Na língua japonesa temos uma palavra – “mujô” – que designa o facto de nada ser permanente, não existe nada que dure para sempre. Todas as coisas que existem no mundo se extinguem, tudo se transforma constantemente. Não há um equilíbrio eterno, nada é imutável porque não se pode confiar nelas para sempre.

...

Poderíamos dizer que esta ideia do "tudo tem um fim" implica uma certa resignação com o mundo, isto é, nada do que o homem faça poderá opor-se ao curso da natureza. Contudo, os japoneses conseguiram encontrar uma forma bela de encarar esta resignação.

Se olharem com atenção para a natureza, por exemplo, na Primavera admiram as ‘sakura’, no verão os pirilampos, e no Outono as folhas amarelas dos bosques. Dia a dia, observam tudo com paixão, a cada momento, como uma rotina, quase como se fosse um axioma. Quando chega o tempo respectivo, os locais mais famosos para se verem as flores de ‘sakura’, ou os pirilampos, ou as folhas outonais, enchem-se de gente, e torna-se quase impossível de fazer reserva num hotel.

Porque a beleza das ‘sakura’, dos pirilampos, e das folhas do Outono, desaparece ao fim de um tempo. Os japoneses percorrem inúmeros quilómetros para poderem ver o esplendor da efemeridade destes fenómenos. Mas não se limitam apenas a observar essa beleza, pois também se aliviam ao descobrir como se espalham as flores das ‘sakura’, a luz ténue dos pirilampos, ou como se apagam as cores vivas das árvores. Na verdade, encontram a paz quando a beleza já atingiu o clímax, e começa a desaparecer...

...

Tal como disse no princípio, vivemos num mundo de mudança e transição, marcado pelo conceito de “mujô”, que nos diz que qualquer estilo de vida muda e acaba por desaparecer. Que o Homem é impotente perante a força enorme da natureza. A consciência desta transitoriedade é uma das ideias básicas da cultura japonesa. Ao mesmo tempo, e apesar de respeitarmos as coisas que desapareceram e estarmos conscientes de que vivemos num mundo frágil em que tudo pode desaparecer a qualquer instante, nós japoneses também temos uma mentalidade positiva que nos impulsiona a viver com alegria.

...

Fico muito contente por partilhar uma mesma história com vocês. O trabalho dos escritores é sonhar. Mas ainda temos um trabalho mais importante: partilhar os nossos sonhos com os outros. É impossível ser-se escritor sem ter esta sensação de querer partilhar o que se escreve.

...

Não devemos ter medo de sonhar. Não podemos deixar-nos engatar pelas causas dos desastres, que se apresentam com o nome de “eficácia” e “conveniência”. Devemos ser “sonhadores pouco realistas”, avançando em passo firme. Os humanos morrem e desaparecem. Mas a humanidade perdura. É algo que se prolonga indefinidamente. Acima de tudo, temos de crer na força da humanidade."

{discurso via Murakami PT, via facebook da Ana}

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Amazing illustration work of Simon Prades and Haruki Murakami's speech at the ceremony of Catalonia International Prize:

"In the Japanese language we have a word - "mujô" - which means that nothing is permanent, there is nothing that lasts forever. All things that exist in the world vanished, everything changes constantly. There's no eternal balance, nothing is immutable because you can not trust them forever.

...

We could say that this idea of ​​"everything has an end" implies a certain resignation to the world, this means that there's nothing that man can do to oppose the course of nature. However, the Japanese had found a beautiful way to look at this resignation.

If you look closely at nature, for example, in the spring they admire the 'sakura', the fireflies in the summer, and in the autumn the yellow leaves from the woods. Day by day they watch everything with passion, every moment as a routine, almost as an axiom. When the time comes, the most famous places to see the flowers of 'sakura', or fireflies, or autumn leaves, get fill with people, and it becomes almost impossible to book a hotel.

Because the beauty of the 'sakura', fireflies, and the leaves of autumn, disappears after a while. The Japanese can travel many miles to see the splendor of the transience of these phenomena. But they don't limit themselves to just see this beauty, they also feel relief when they discover how the flowers 'sakura' and the dim light of the fireflies spread, or how the vivid colors of the trees go off . Indeed, they find peace when beauty has reached the climax, and starts to disappear...

...

As I said in the beginning, we live in a world of change and transition, marked by the concept of "mujô", which tells us that any lifestyle changes and eventually disappear. That man is powerless when facing the huge force of nature. Awareness of this transience is one of the basic ideas of Japanese culture. At the same time, and although we respect the things that have disappeared and we're aware that we live in a fragile world where everything can disappear at any moment, we Japanese also have a positive mindset that drives us to live joyfully.

...

I am very pleased to share with you the same story. The work of writers is to dream. But we still have a most important job: to share our dreams with others. It is impossible to be a writer without having that feeling of wanting to share what you write.

...

We should not be afraid to dream. We should not engage in the causes of disasters, which come with the name of "efficiency" and "convenience." We must be "unrealistic dreamer", advancing at a steady pace. Humans die and disappear. But humanity endures. It's something that continues indefinitely. Above all, one must believe in the power of humanity.

{Speech via Murakami PT, via Ana facebook }

Supakitch & Koralie

On
June 15, 2011


Mais acerca deles por aqui ››››

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More about them this way ››››

Eduardo Galeano

On
June 14, 2011


Meia-hora.
Meia-hora para entrar dentro de uma pessoa, espreitá-la e senti-la por dentro e ficar a descobrir também um pouco da minha alma, que embora tenha uma chama diferente da dele, se identifica com a dele em tudo o que diz sobre as pessoas, sobre o mundo e sobre a utopia.

Cada minuto é um sopro. E a minha chama fica mais alta.

Agora, eu penso melhor, caminho melhor, sonho melhor...

Obrigada Eduardo Galeano!

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Half an hour.
Half an hour to get inside a person, peek it and feel it on the inside and get to also discover a bit of my soul. And although the flame of my soul is different from his, mine feels identified with him in everything he says about people, about the world and utopia.

Every minute is a blow. And my flame grows higher.

Now, I think better, walk better, dream better ...

Thanks Eduardo Galeano!

Too steep. Too deep.

On
June 12, 2011


"... quase normal por fora, pra ninguém desconfiar."

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"... almost normal from the outside, so no one notice."

Amar é punk

On
June 12, 2011


"Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece.

Sem o glamour da alma gêmea.
Sem as promessas de ser pra sempre.
Sem borboletas no estômago.
Sem noites de insônia.

É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA.

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante).
(...)
E usasse All Star.

Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou.

É, pessoal, não tem jeito. RELACIONAMENTO A GENTE CONSTRÓI. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas.

Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente.

Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.

Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar.

EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO.
QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam?
Quero dormir abraçada sem susto.
Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar.
Sem ansiedades.
Sem montanhas-russas.

Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só.

Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.

Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões.
Amor é RECONSTRUÇÃO.
É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.

Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”.

Ah, Cazuza! Ele sempre soube.

Paixão é para os fracos.
Mas amar - ah, o amor! –
AMAR É PUNK."

{Fernanda Mello, via facebook de Francis}

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"Funny that when people stop believing in "love of life", a love to life appears in people's lives.

Without the glamor of the soul mate.
Without the promises of being forever.
No butterflies in the stomach.
No sleepless nights.

It's a simple thing like: you know the guy. You begin slowly to admire him. You begin to find him incredible.

I already passed the age of having a physical type of man to relate to. Before, only if it was strange (really strange). Who liked rock more than anything. Had at least one piercing (and a giant tattoo).
(...)
And wear All Star.

Nowadays I keep insisting on the items All Star and rock'n roll, but I confess that much has changed.

It is personal, there's no way. WE BUILD RELATIONSHIP  Day after day. Dosing patience, silence and long conversations.

Goodbye unrealistic expectations, goodbye adolescent dreams.

He will forget every month the date you start dating, but will always remember you like your bread really white (and with lots of cheese). He will not make statements and candlelight romantic dinners, but he'll know that you are of PMS in the first "Hi", sweetly forgiving any phrase you spoke more harshly.

Ah, guys, whatever. I found that I really like is that love. NO PASSION. After years of writing about that I want someone who takes off the floor beneath my feet, who steals my breath, I humbly come to rectify.

I WANT SOMEONE TO DIVIDE THE FLOOR WITH.
WANT SOMEONE TO BRING ME BREATH. Got it?
I want to sleep embraced without fear.
Want to wake up and see that (whatever happens), everything will be in it's place.
Without anxiety.
No roller coasters.

There is nothing more rebellious than loving just one person.

To love is to be rebellious. Is crossing the dark. It is, in my case, change the concept of everything that I ever thought it could be love. No. Before was passion. Before it was immaturity. Before it was a search for myself that had not happened yet.

I've talked a lot about love, I think that is the greatest theme of our lives. But love is not only poetry and refrains.
Love is RECONSTRUCTION.
It's rhythm. Breaks. Tune. And challenges.

It took me years to agree with my dear (and often quoted) Cazuza: "I want a quiet love, with fruit bite flavor."

Ah, Cazuza! He always knew.

Passion is for weaks.
But love - ah, love! -
LOVE IS PUNK. "

{Fernanda Mello, via Francis facebook}

Pensamentos...

On
June 10, 2011


Do tamanho da imaginação.

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Of the size of the imagination.

Hey joe!

On
June 10, 2011

Poema visual por Hyoun Youl Joe, via Print Magazine.

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Visual poem by Hyoun Youl Joe, via Print Magazine.