"Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece.
Sem o glamour da alma gêmea.
Sem as promessas de ser pra sempre.
Sem borboletas no estômago.
Sem noites de insônia.
É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA.
Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante).
(...)
E usasse All Star.
Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou.
É, pessoal, não tem jeito. RELACIONAMENTO A GENTE CONSTRÓI. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas.
Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente.
Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.
Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar.
EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO.
QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam?
Quero dormir abraçada sem susto.
Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar.
Sem ansiedades.
Sem montanhas-russas.
Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só.
Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.
Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões.
Amor é RECONSTRUÇÃO.
É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.
Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”.
Ah, Cazuza! Ele sempre soube.
Paixão é para os fracos.
Mas amar - ah, o amor! –
AMAR É PUNK."
{Fernanda Mello, via facebook de Francis}
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"Funny that when people stop believing in "love of life", a love to life appears in people's lives.
Without the glamor of the soul mate.
Without the promises of being forever.
No butterflies in the stomach.
No sleepless nights.
It's a simple thing like: you know the guy. You begin slowly to admire him. You begin to find him incredible.
I already passed the age of having a physical type of man to relate to. Before, only if it was strange (really strange). Who liked rock more than anything. Had at least one piercing (and a giant tattoo).
(...)
And wear All Star.
Nowadays I keep insisting on the items All Star and rock'n roll, but I confess that much has changed.
It is personal, there's no way. WE BUILD RELATIONSHIP Day after day. Dosing patience, silence and long conversations.
Goodbye unrealistic expectations, goodbye adolescent dreams.
He will forget every month the date you start dating, but will always remember you like your bread really white (and with lots of cheese). He will not make statements and candlelight romantic dinners, but he'll know that you are of PMS in the first "Hi", sweetly forgiving any phrase you spoke more harshly.
Ah, guys, whatever. I found that I really like is that love. NO PASSION. After years of writing about that I want someone who takes off the floor beneath my feet, who steals my breath, I humbly come to rectify.
I WANT SOMEONE TO DIVIDE THE FLOOR WITH.
WANT SOMEONE TO BRING ME BREATH. Got it?
I want to sleep embraced without fear.
Want to wake up and see that (whatever happens), everything will be in it's place.
Without anxiety.
No roller coasters.
There is nothing more rebellious than loving just one person.
To love is to be rebellious. Is crossing the dark. It is, in my case, change the concept of everything that I ever thought it could be love. No. Before was passion. Before it was immaturity. Before it was a search for myself that had not happened yet.
I've talked a lot about love, I think that is the greatest theme of our lives. But love is not only poetry and refrains.
Love is RECONSTRUCTION.
It's rhythm. Breaks. Tune. And challenges.
It took me years to agree with my dear (and often quoted) Cazuza: "I want a quiet love, with fruit bite flavor."
Ah, Cazuza! He always knew.
Passion is for weaks.
But love - ah, love! -
LOVE IS PUNK. "
{Fernanda Mello, via Francis facebook}
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