Há uma certa magia no processo de criar algo.
Não importa a circunstância, parece haver qualquer coisa maior a impulsionar uma ideia quando esta deseja muito ser criada.
O trabalho criativo expande-se e “decora a imaginação”. Por isso, se não for possível fazer-se o que se quer é importante tentar fazer outra coisa qualquer. Estar no fluxo. Em movimento — mesmo que não se saia de casa.
“O que é que farias mesmo se soubesses que irias fracassar?”
Muitas vezes um produto ou uma ideia nascem apenas de uma qualquer confiança inabalável no desconhecido. Guiados pela bússola da intuição e da confiança, cada viagem se faz de mistério, mesmo quando está tudo planeado. E, quanto a mim, é importante fazer aquelas coisas que nos falam mais alto, mesmo quando não sabemos se vamos ter sucesso ao fazê-las.
No entanto, em tempos de crise ou de incerteza redefinem-se os significados de sucesso. Por isso torna-se necessário cultivar um entusiasmo — um compromisso de entrega ao que nos rodeia. Exercitar a observação. A forma como as crianças brincam ou pintam ou constroem um castelo na areia sem medo que este se abata perante o mar é a raiz do entusiasmo.
Todos os nascimentos precisam de uma gestação.
Também é assim com uma grande ideia.
E a verdade é que para se dar algo à luz é preciso tempo, nutrição ou amor. Por vezes, ser capaz de se ultrapassar complicações e medos invisíveis.
Criar de dentro para fora é essencialmente estar à escuta desses lugares mais interiores. Perceber e praticar a arte de nos surpreendermos com o que está vivo em cada um de nós.
A vida acontece em tudo o que fazemos. Ao reverenciar cada momento encontra-se simplicidade.
Mesmo quando as circunstâncias são menos favoráveis.
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As tapeçarias encontram-se à venda na minha loja.
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