"Em todas as ruas te encontro,
em todas as ruas te perco.
Conheço tão bem o teu corpo,
sonhei tanto a tua figura,
que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura.
E bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura.
Tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é o seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura.
Em todas as ruas te encontro,
em todas as ruas te perco."
Mário Cesariny
{imagem}
em todas as ruas te perco.
Conheço tão bem o teu corpo,
sonhei tanto a tua figura,
que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura.
E bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura.
Tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é o seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura.
Em todas as ruas te encontro,
em todas as ruas te perco."
Mário Cesariny
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