the hands show the way of the heart

# Dia 1

| On
May 30, 2010

Cheguei a São Paulo na quinta-feira, num voo que me pareceu interminável.

Sempre que me sinto ansiosa ou preocupada, acho que o melhor truque é não me mexer, "fingir-me de morta", esperar que passe. Assim, consigo respirar melhor e relaxar, mesmo que acabe cheia de dores no corpo.

Ao contrário de mim, a Sónia, a senhora que veio ao meu lado, era uma alma irriquieta. Uma verdadeira formiguinha activa, capricorniana, de olhos grandes e escuros, tal como a minha mãe.

Quando viajo sozinha,
quase sempre conheço pessoas no avião. Não sei porquê. Acontece.
Esta espécie de amigos temporários fala comigo e questiona-me como se me conhecessem, e eu respondo e faço perguntas também, porque sou curiosa e porque acho interessante todos termos uma história para contar e coisas para acrescentar à vida uns dos outros. É fascinante.
Passado 10 horas trocamos e-mails e a relação torna-se um pouco mais duradoura.

Manter uma pessoa na nossa vida é difícil. No entanto, falar com ela, dar espaço para que ela se dê a conhecer, é uma coisa muito simples.
1 comment on "# Dia 1"
  1. É tão fácil!... basta andar na rua e olhar para alguém, que esse alguém, principalmente se for velhote, mete logo conversa. Comigo acontece muito!
    Beijinhos :)

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