the hands show the way of the heart

# Dia 139

| On
October 13, 2010



Segunda-feira à noite resolvi ficar por São Paulo e aproveitar para ir visitar ontem de manhã o Museu de Língua Portuguesa e dar um pulinho até ao Parque Ibirapuera.

O parque estava uma confusão. Demasiado ruído, demasiadas pessoas, demasiados skates, bicicletas e patins e música alta e coisas a acontecerem ao mesmo tempo. Não me apeteceu explorar a Bienal, nem os museus de arte, nem sequer sentar-me na relva.
Andei umas 2 ou 3 horas a pé. Do metro até lá, de lá até ao metro, do metro até casa da Emi, da casa da Emi até Jabaquara, da Conselheiro Nébias até minha casa. E cá estou de novo.

Agora, falando sobre o Museu da Língua portuguesa. Só posso dizer que é maravilhoso. Amei e saí de lá com a certeza de que quero regressar.

"A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais. A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama. Pisca e anda. Pisca e brinca. Pisca e estuda. Pisca e ama. Pisca e cria filhos. Pisca e geme os reumatismos. Por fim, pisca pela última vez e morre.

– E depois que morre – perguntou o Visconde.
– Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"

– Emília, Sítio do Pica-Pau Amarelo –
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