Ultimamente durmo com o computador ao meu lado.
Ligo-o ao segundo toque do despertador, ainda com os olhos completamente enovoados. E vou acordando assim, lentamente, ao ritmo das imagens que vou vendo, dos blogs que vou lendo e das páginas que vou descobrindo.
O dia vai entrando em mim, ou eu vou entrando nele, sem pressas, como eu gosto.
Vou-me habituando à luz, ao ambiente que me envolve, ao meu estado de espírito, aos pensamentos novos, ou àqueles que não terminei na noite anterior.
Fico a rever os sonhos que tive. Ideias. Coisas para fazer.
Detesto fazer seja o que for em termos robóticos... automática e sonâmbula.
...
Hoje de manhã entrei no blog de David Lebovitz, cozinheiro.
O primeiro post era sobre as comidas de Outono.
Achei interessante. Talvez porque gosto bastante do Outono. De sentir a natureza a mudar, os tons, a luz, as temperaturas. Não fico triste por ver o Verão partir, porque tenho a certeza de que vai voltar. E essa certeza tranquiliza-me. Deixa-me viver o presente com a intensidade que ele merece (mesmo que não me sinta mesmo nada confortável com frio ou chuva).
Acho que a melhor forma de explicar esta minha predilecção pelo o Outono (ou pelas mudanças de estação em geral) seja relembrar um desafio que tive quando tinha uns 11 anos.
Pediram-me para dizer o que era a vida, num desenho.
Eu desenhei quatro árvores. Quatro estações.
Para mim a vida, aos 11 anos, eram as estações a mudar. Só. E na realidade não mudei assim tanto.
Para mim a vida continua a ser mudança. Ver as árvores a perder folhas para depois poderem ganhar frutos. Continua a ser transformar frutos em sumos e folhas em novas árvores.
Perdemos umas coisas. Ganhamos outras. Ciclicamente. E não vale a pena ter medo das perdas porque existe uma certeza que tranquiliza. As árvores voltam a florir e a encher-se de cor.
Regressando a David Lebovitz.
O seu post era sobre a escassez de variedade de alimentos no Outono.
Quando vamos ao mercado parece que sobraram apenas a pêra, a maçã, a pêra e a maçã, a pêra, ou a maçã... e a abóbora.
Eu estou na primavera. A segunda este ano. E isso deixa-me bastante confusa. Não consigo habituar-me a ver pais natais nas montras das lojas com o calor que agora apenas começou. Fico sempre a olhar para eles e a pensar: mas ainda é tão cedo para pensar em Natal...
Depois lembro-me que já estou em Novembro.
O Outono é a minha estação mental, biológica, hormonal. É difícil de entender ou explicar. Estou no Outono. Não importa em que lugar do mundo esteja. E, por isso, vou falar-vos de abóbora.
Aqui em Santos tenho descoberto um novo mundo de abóboras. E estou, neste momento, verdadeiramente apaixonada pela Japonesa, uma abóbora de casca preta (não é a que aparece na fotografia em cima).
Fica deliciosa no forno, cozinhada com alecrim e azeite. Se juntarem com beringela, courgette (aqui é abobrinha), batata doce ou outros legumes de que se lembrem, a refeição fica completa. Ainda não pensei que outras utilizações poderei dar-lhe de futuro, porque, por agora, ainda não me cansei desta. Mas deixo-vos esta ideia e a receita de "Roasted Pumpkin" de David Lebovitz.
Abóbora Assada:
- Retire as sementes. Limpe bem a casca. Seque-a e corte-a em pedaços.
- Coloque os pedaços num tabuleiro de ir ao forno.
- Tempere-a com sal, pimenta e azeite. (Noutras opções podem incluir tominho, alecrim ou rosmaninho; alho cortado em fatias finas; canela e açucar mascavado (por aqui, mascavo); ou até substituir o azeite por manteiga.)
- Asse os pedaços durante cerca de meia-hora a 200º, em forno pré-aquecido.
Ligo-o ao segundo toque do despertador, ainda com os olhos completamente enovoados. E vou acordando assim, lentamente, ao ritmo das imagens que vou vendo, dos blogs que vou lendo e das páginas que vou descobrindo.
O dia vai entrando em mim, ou eu vou entrando nele, sem pressas, como eu gosto.
Vou-me habituando à luz, ao ambiente que me envolve, ao meu estado de espírito, aos pensamentos novos, ou àqueles que não terminei na noite anterior.
Fico a rever os sonhos que tive. Ideias. Coisas para fazer.
Detesto fazer seja o que for em termos robóticos... automática e sonâmbula.
...
Hoje de manhã entrei no blog de David Lebovitz, cozinheiro.
O primeiro post era sobre as comidas de Outono.
Achei interessante. Talvez porque gosto bastante do Outono. De sentir a natureza a mudar, os tons, a luz, as temperaturas. Não fico triste por ver o Verão partir, porque tenho a certeza de que vai voltar. E essa certeza tranquiliza-me. Deixa-me viver o presente com a intensidade que ele merece (mesmo que não me sinta mesmo nada confortável com frio ou chuva).
Acho que a melhor forma de explicar esta minha predilecção pelo o Outono (ou pelas mudanças de estação em geral) seja relembrar um desafio que tive quando tinha uns 11 anos.
Pediram-me para dizer o que era a vida, num desenho.
Eu desenhei quatro árvores. Quatro estações.
Para mim a vida, aos 11 anos, eram as estações a mudar. Só. E na realidade não mudei assim tanto.
Para mim a vida continua a ser mudança. Ver as árvores a perder folhas para depois poderem ganhar frutos. Continua a ser transformar frutos em sumos e folhas em novas árvores.
Perdemos umas coisas. Ganhamos outras. Ciclicamente. E não vale a pena ter medo das perdas porque existe uma certeza que tranquiliza. As árvores voltam a florir e a encher-se de cor.
Regressando a David Lebovitz.
O seu post era sobre a escassez de variedade de alimentos no Outono.
Quando vamos ao mercado parece que sobraram apenas a pêra, a maçã, a pêra e a maçã, a pêra, ou a maçã... e a abóbora.
Eu estou na primavera. A segunda este ano. E isso deixa-me bastante confusa. Não consigo habituar-me a ver pais natais nas montras das lojas com o calor que agora apenas começou. Fico sempre a olhar para eles e a pensar: mas ainda é tão cedo para pensar em Natal...
Depois lembro-me que já estou em Novembro.
O Outono é a minha estação mental, biológica, hormonal. É difícil de entender ou explicar. Estou no Outono. Não importa em que lugar do mundo esteja. E, por isso, vou falar-vos de abóbora.
Aqui em Santos tenho descoberto um novo mundo de abóboras. E estou, neste momento, verdadeiramente apaixonada pela Japonesa, uma abóbora de casca preta (não é a que aparece na fotografia em cima).
Fica deliciosa no forno, cozinhada com alecrim e azeite. Se juntarem com beringela, courgette (aqui é abobrinha), batata doce ou outros legumes de que se lembrem, a refeição fica completa. Ainda não pensei que outras utilizações poderei dar-lhe de futuro, porque, por agora, ainda não me cansei desta. Mas deixo-vos esta ideia e a receita de "Roasted Pumpkin" de David Lebovitz.
Abóbora Assada:
- Retire as sementes. Limpe bem a casca. Seque-a e corte-a em pedaços.
- Coloque os pedaços num tabuleiro de ir ao forno.
- Tempere-a com sal, pimenta e azeite. (Noutras opções podem incluir tominho, alecrim ou rosmaninho; alho cortado em fatias finas; canela e açucar mascavado (por aqui, mascavo); ou até substituir o azeite por manteiga.)
- Asse os pedaços durante cerca de meia-hora a 200º, em forno pré-aquecido.
Sinto-me tão bem quando leio as tuas mensagens e tão feliz por aquilo que tu escreves!
ReplyDeleteObrigada!
Beijocas!
Que bom mami! :) Fico feliz por saber isso. Mesmo muito!
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