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Hoje apanhei um taxi até casa. O taxista chamava-se João. O João era um miúdo bonito, simpático e discreto. Tinha uns 18 aninhos. Parecia um bébé. Com cara de criança e olhar de criança.
Quando ia a pagar percebi que só tinha 50 reais. Ele não tinha troco. Fiquei aflita, dei várias sugestões. Mas acabámos por combinar que lhe ligaria amanhã para lhe pagar.
Pedi-lhe o número de telefone. E ele escreveu tão devagar... os números e o nome... tão devagar. Fiquei a pensar: esta criança não sabe quase escrever. E fiquei tão triste. Por tudo. Pela humildade dele. Pela generosidade de confiar em mim sem nunca me ter visto antes...
Não sei bem porquê, mas a generosidade alheia, é uma coisa que me deixa sempre tão surpreendida... tão desconcertada.
Sei que deveria ser ao contrário, que deveria deixar-me feliz, mas a verdade é que me angustia. Porque fico a pensar: o que é que acontece com pessoas assim tão boas?! O que é que a vida lhes faz? Será que recebem recompensas? Será que vão poder continuar a confiar nos outros sem saírem defraudadas?
Fico preocupada.
Imagino que o principal propósito de viver seja aprender, mais do que ser feliz. (caso contrário, seria tudo muito mais fácil para toda a gente). Mas gostava tanto que houvesse uma espécie de selecção natural, e que as pessoas boas tivessem automaticamente vidas felizes.
Hoje apanhei um taxi até casa. O taxista chamava-se João. O João era um miúdo bonito, simpático e discreto. Tinha uns 18 aninhos. Parecia um bébé. Com cara de criança e olhar de criança.
Quando ia a pagar percebi que só tinha 50 reais. Ele não tinha troco. Fiquei aflita, dei várias sugestões. Mas acabámos por combinar que lhe ligaria amanhã para lhe pagar.
Pedi-lhe o número de telefone. E ele escreveu tão devagar... os números e o nome... tão devagar. Fiquei a pensar: esta criança não sabe quase escrever. E fiquei tão triste. Por tudo. Pela humildade dele. Pela generosidade de confiar em mim sem nunca me ter visto antes...
Não sei bem porquê, mas a generosidade alheia, é uma coisa que me deixa sempre tão surpreendida... tão desconcertada.
Sei que deveria ser ao contrário, que deveria deixar-me feliz, mas a verdade é que me angustia. Porque fico a pensar: o que é que acontece com pessoas assim tão boas?! O que é que a vida lhes faz? Será que recebem recompensas? Será que vão poder continuar a confiar nos outros sem saírem defraudadas?
Fico preocupada.
Imagino que o principal propósito de viver seja aprender, mais do que ser feliz. (caso contrário, seria tudo muito mais fácil para toda a gente). Mas gostava tanto que houvesse uma espécie de selecção natural, e que as pessoas boas tivessem automaticamente vidas felizes.
Pois é no nosso dia a dia, já nos habituámos a ver pessoas más em demasia, quando nos aparece um ser iluminado que não tem medo de confiar, até é estranho. Aconteceu-me isso a mim e à Monikita quando a Fernanda do Teatro da Trindade nos abordou e disse que tinha gostado tanto de nós que queria oferecer convites. Ficámos abismadas com tanta generosidade, mas ficámos muito felizes por existirem pessoas como ela. A Elisabete diz que eu trabalho em rede para manter os Amigos, devíamos trabalhar também para dar a conhecer as pessoas boas.
ReplyDeleteBeijinhos, fazes-me falta.
Tens razão, devíamos mesmo. Não sei como é que isso se faz, mas é importante falar delas, reconhecer-lhes os talentos, motivá-las, para elas nunca deixarem de ser boas :) Beijos Aninha, também me fazes mta falta.
ReplyDeleteOlha que história tão boa. Se o mundo fosse inteiramente povoado de pessoas assim, imaginem onde é que nós estaríamos hoje! Obrigado pelo post. Beijinhos Andreia!
ReplyDelete;)
ReplyDeleteBem realmente é para ficares preocupada! Até parece ficção! Não parece verdade, nem aqui em Portugal quanto mais no Brasil com tanta coisa que se ouve falar! Mas dá para pensar - Afinal ainda há boa gente! É bonito!
ReplyDeletePois é Andreia
ReplyDeleteNão é generalizado, mas a bondade e inocência ainda existe, e quando nos deparamos com exemplos, temos mais é que nos maravilhar!
Parabens pelo teu blog.
Muito obrigada ;)
ReplyDeletePodemos ser como o João. Não o fazemos por acharmos que somos considerados fracos, ou tomados por parvos quando é exactamente o contrário.
ReplyDeleteÉ importante percebemos que quem escolhe somos nós e responsabilizarmos-nos por essa escolha. Deixarmos de preocuparmos-nos com os outros são ou fazem e perceber que eles não são as nossas limitações mas nós mesmos.
Sim. Sou uma pessoa que acredita sempre nos outros, mesmo que me desaponte, quase sempre tenho muitas surpresas boas. Acho que é uma força... acreditar sempre :)
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